BAELOR I
Como Daeron I não se casou e nem deixou herdeiros, seu sucessor foi seu irmão Baelor I, com dezessete anos. Ele foi o rei mais piedoso da dinastia Targaryen, se não, dos Sete Reinos.
Seu primeiro ato foi perdoar os prisioneiros dorneses submetidos no reinado de Daeron I.
Mesmo com alguns senhores não concordando, perdoou também os assassinos de seu irmão, e, como ato de piedade, iria a Dorne sem armas ou exército devolver os reféns e pedir paz.
E assim fez, caminhando descalço de Porto Real a Lançassolar, enquanto os reféns iam montados em belos cavalos.
A penitência do rei Baelor I pelos desertos de Dorne
Subindo o Caminho de Pedra, Baelor logo alcançou o lugar onde os Wyl aprisionaram seu primo Aemon, o Cavaleiro do Dragão, durante o ataque traiçoeiro contra Daeron I.
Aemon estava preso em uma gaiola, nu, exposto ao sol. Mas Lorde Wyl se recusou libertá-lo.
Baelor I prosseguiu pelo Caminho do Espinhaço, atravessando o deserto entre o sopé das montanhas, ao norte e a pé.
Chegou até o príncipe de Dorne, no que alguns consideraram um milagre, e passaram a chamá-lo de Baelor I, o Abençoado.
Ele conseguiu forjar a paz com Dorne, que durou em seu reinado, prometendo casamento entre seu jovem primo Daeron - neto de sua Mão, Viserys II, e filho do filho mais velho de Viserys II, Aegon IV - com a princesa Mariah, filha mais velha do príncipe de Dorne. Ambos eram crianças na época, então o casamento se daria com a maior idade deles.
Depois de uma estada no Antigo Palácio de Lançassolar, o príncipe de Dorne ofereceu uma galé para levá-lo de volta a Porto Real. Mas o jovem rei não aceitou alegando que os Sete tinham ordenado que ele peregrinasse de volta. Mas, por receio que ele não aguentasse e talvez pudesse até morrer, o príncipe ordenou que os senhores dorneses fossem hospitaleiros ao longo da rota, evitando qualquer coisa que prejudicasse a paz entre eles.
Assim, Baelor voltava para Porto Real, passando novamente pelos Wyl e outra vez pedindo a soltura de Aemon. Lorde Wyl, então, lhe deu a chave da gaiola. Mas agora, Aemon não só estava preso nu na gaiola, exposto ao sol quente durante o dia e aos ventos frios à noite, como também, um fosso foi cavado sob a gaiola, e dentro dele estavam várias víboras.
Dizem que o Cavaleiro do Dragão pediu que o rei o deixasse ali e fosse pedir ajuda com os senhores dorneses, mas o rei teria simplesmente sorrido e dito para ele que os deuses o protegeriam. E entrou no fosso. Baelor foi picado meia dúzia de vezes até chegar à gaiola e quase desmaiou, sendo que foi Aemon que abriu a gaiola e puxar o primo para fora do fosso.
Resgate de Aemon do fosso
Aemon teve que carregá-lo até Pontonegro, onde Baelor I fora tratado de imediato, e depois levaram-no a Ponta Tempestade para um tratamento melhor. Ficou em coma, voltou a si, mas levou quase meio ano para recuperar-se totalmente e voltar para Porto Real.
Enquanto isso, durante esse período, Viserys II, o Mão, reinava e mantinha a paz.
O reino celebrou quando Baelor I retornou ao Trono de Ferro.
Tendo se casado muito cedo, em 160 d.C., antes de ser rei, com sua irmã Daena, e que o casamento não fora consumado, conseguiu que o Alto Septão anulasse o matrimônio.
Depois da dissolução matrimonial, ele ainda colocou Daena e suas duas irmãs mais novas, Rhaena e Elaena em sua própria "Corte da Beleza", dentro da Fortaleza Vermelha, no que veio a ser chamada de "Arcada das Donzelas".
Baelor queria preservar a inocência delas das maldades do mundo e da luxúria dos homens ímpios.
As irmãs do rei Baelor I (esq.para dir.): Elaena, Rhaena e Daena
As Irmãs de Baelor
Daena - a mais formosa e mais amada. Bela e corajosa. Uma amazona experiente, uma arqueira terrível conhecida como A Desafiante. Conseguiu engravidar (filho Daemon Waters) durante o reinado de Baelor I, confinada na Corte da Beleza, de onde fugia disfarçada. Mas seu filho trouxe problemas ao reino;
Rhaena - piedosa como o irmão e se tornou septã;
Elaena - não tão bonita mas voluntariosa. Teve sua vida conturbada depois que se viu livre da Arcada da Donzela. Assim como Daena, ficou grávida e teve gêmeos bastardos, Jon e Jeyne Waters de Alyn Velaryon, Lorde Punho de Carvalho, desaparecido no mar. Casou três vezes. Com Ossifer Plumm, rico e idoso. Morreu em seguida, mas ficou grávida (alguns dizem que também era filho de Aegon, seu primo). Depois, com Mestre da Moeda e teve quatro filhos. Por fim, casou novamente, e dessa vez, por amor e escolha própria.
Aegon IV também queria acabar com a prostituição de Porto Real, fechando bordéis. Claro que houve tumulto e os senhores do reino começavam a ficar preocupados. Mas Baelor ignorava e se ocupava com seu atual projeto: a construção de um grande Septo no alto da Colina de Visenya - septo que ele dizia ter vislumbrado numa visão. Foi começado, mas não terminado.
O Grande Septo de Baelor
Apesar de fazer a caridade, as próprias pessoas do reino achavam que ele estava doente e que sua mente se afetara devido a sua quase morte com o veneno das serpentes.
E ainda tinha mais. Ele não casaria e assumiria os votos de septão e daria isenção de impostos aos senhores que colocassem cinto de castidade em suas filhas.
Ele fazia muito jejum, para remissão de pecados. E, desgostoso com o fato de sua irmã Daena ter ficado grávida, e parido seu filho Daemon Waters, cujo pai ela nunca revelou (mas era seu primo Aegon), levou o rei a um jejum mais rigoroso.
E de tão fraco, morreu em 171 d.C. Há quem ache que Viserys II o envenenara para o bem do reino.
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