quinta-feira, 5 de março de 2015

Os Reis Targaryen - Aerys II - 3ª parte






                                                  AERYS II  -  última parte


             Até um determinado momento, o rei Aerys concordou com a decisão do Mão, mas ao aceitar um convite de Lorde Denys Darklyn para ir até Valdocaso, para ouvi-lo pessoalmente, ignorou Lorde Lannister, que tentou evitar.
O rei viajou até Valdocaso. O convite provou ser uma armadilha, de fato. Ele foi capturado com sua escolta, e alguns de seus homens - o mais notável Sor Gwayne - foram mortos na tentativa de defender o rei.
A notícia foi uma surpresa terrível em Porto Real, e depois, um ultraje.
Valdocaso era cercada por fortes  muralhas, e o Forte Prado, antiga sede da Casa Darklyn, era formidável. Tomá-la de assalto não era fácil.
Corvos voaram trocando mensagens. Enquanto Lorde Lannister exigia a liberdade do rei, Darklyn ameaçava matá-lo se houvesse alguma tentativa de derrubar suas muralhas.
Então, Lorde Lannister, com um exército considerável, cercou Valdocaso, bloqueando-a por terra e por mar, pelo tempo que fosse necessário.


O bloqueio de Valdocaso


            Com isso, os suprimentos da Casa Darklyn e da cidade começaram a escassear, fazendo Lorde Darklyn vacilar.
E as únicas exigências de Sor Tywin era a rendição completa e incondicional da cidade e do castelo e a libertação do rei Aerys II. Se não fosse assim, não haveria negociação.
O desafio durou seis meses. Dentro das muralhas do Forte Pardo, os estoques secavam.
E Lorde Tywin Lannister, o Mão do Rei, continuava ali, inteiro com seu exército, até que enviou uma última mensagem a Lorde Denys exigindo a libertação do rei e a rendição da Casa Darklyn, ou a cidade seria tomada e cada homem, mulher e criança seria passada a espada.
        A maior parte do Conselho estava com a Mão, do lado de fora das muralhas de Valdocaso, e vários se preocuparam alegando que tal ataque poderia por em risco a vida do rei. "Pode ser que sim, pode ser que não, mas se fizer, temos um rei melhor aqui"! Levantando a mão para indicar o príncipe Rhaegar. Essa foi a reação do Mão diante do Conselho.
Enfim, Sor Barristan Selmy da Guarda Real se ofereceu para entrar na cidade secretamente e resgatar o rei em segurança. Seria um ato de coragem e ousadia e Lannister autorizou e lhe deu um dia.
Ele escalou as muralhas sem ser visto, na escuridão da noite, disfarçando-se de mendigo encapuzado. Depois, escalou as muralhas do Forte Pardo, matando um guarda no adarve (topo da muralha). Com dissimulação e coragem, encontrou o calabouço onde o rei estava mantido. Assim que tirou o rei do calabouço, foi dado o alarme. Teve que lutar e muito, e começou atacando o genro e mestre de armas de Lorde Darklyn, Sor Symon Hollard, vigando-se da morte de seu irmão, Sor Gwayne Gaunt da Guarda Real, morto por Hollard.
Correu com o rei até os estábulos, e eles conseguiram sair do Forte Pardo antes que os portões fossem fechados.
Uma cavalgada louca saiu pelas ruas de Valdocaso, enquanto trombetas soavam o alarme, mas os arqueiros de Lorde Tywin tentavam derrubar os inimigos.
        Com o rei salvo, Lorde Darklyn  se rendeu. O rei Aerys II não poupou a vida de ninguém. Toda a Casa Darklyn foi executada - tios, tias, sobrinhos e parentes em toda a cidade - inclusive parentes do genro de Lorde Denys, os Hollard.




Condenação dos Darklin



         A senhora Serala foi a que mais sofreu. Aerys mandou arrancar a língua e as partes íntimas da Serpente de Renda antes de queimá-la viva. Desse dia em diante, a loucura do rei seguiu desgovernadamente.
Devido aos empurrões brutais enquanto preso, e tendo suas roupas arrancadas, Aerys II ficou traumatizado. Ninguém podia tocá-lo. Sem ser cortado e lavado, seu cabelo crescia emaranhado. Seus pajens não podiam lhe dar banho. Suas unhas cresceram e se tornaram garras amareladas, Tornou-se um louco prisioneiro do seu próprio castelo.
        Desconfiava de tudo e de todos, incluindo seu filho, o príncipe Rhaegar, de quem suspeitava que estava conspirando contra ele.
Mandou chamar seu primo, Steffon Baratheon de Ponta Tempestade, para fazer parte do Conselho. Em 278 d.C, o rei mandou Lorde Steffon  para o outro lado do mar, em missão na  Antiga Volantis, para buscar uma donzela nobre, da antiga linhagem valiriana, para tornar-se esposa de Rhaegar.
Mas os deuses tinham outros planos.  Durante o retorno de Volantis, o navio de Baratheon afundou na Baía dos Náufragos, às vistas de Ponta Tempestade. Lorde Steffon Baratheon e sua esposa morreram afogados aos olhos de seus dois filhos mais velhos, que assistiram das muralhas do castelo.
O rei, ao saber dessa notícia, dizia que era obra de Lannister desabafando com Grande Meistre Rycelle: "Se eu dispensá-lo do cargo de Mão, ele me mata também"!
Com tamanha loucura do rei, desconfiando de todos do reino, mandou buscar um eunuco sinistro,  de Pentos, chamado Varys, para servi-lo como espião.
A Aranha, como ficou conhecido, fazia seu papel usando o ouro do rei para recompensas e troca de informações.
Outra loucura já vista entre os Targaryen se manifestou em Aerys II: dragões.               Como não conseguia "fazer" dragões, se voltou para os Sábios da antiga Guilda dos Alquimistas, que conheciam o segredo da produção de uma substância volátil verde jade, conhecida como "Fogovivo", que diziam ser próximo do fogo do dragão. As coisas se repetiam.
E o rei era fascinado com fogo, a ponto de queimar traidores, assassinos e conspiradores do reino, em vez de enforcá-los ou decapitá-los, como era de costume.
E já estamos em 280 d.C., ano em que o príncipe Rhaegar Targryen de Pedra do Dragão casaria com a jovem princesa Elia Martell, irmã mais nova do príncipe Doran Martell, de Dorne, numa generosa  cerimônia no Grande Septo de Baelor, em Porto Real.
       Mas Aerys II e seu filho Viserys não compareceram, por medo de traição.
Depois de casados, o casal foi morar em Pedra de Dragão. Rumores de que Rhaegar queria destronar o rei, seu pai, assim como outros rumores de que Aerys deixaria o trono para Viserys, deserdando Rhaegar, eram assuntos por todo o lado. As fofocas corriam soltas.
Nem com a chegada da primeira filha de Rhaegar e Elia, foi motivo de reconciliação entre pai e filho.
Em meio a tudo isso, Lorde Lannister continuava como Mão do Rei, e certa vez, trouxe sua filha Cersei para a corte.
Com a morte de um cavaleiro da Guarda Real, o próprio rei ofereceu o manto branco ao jovem Jaime Lannister. Para Lorde Tywin, não foi bom, pois ele sonhava que Jaime casasse e perpetuasse seu nome, uma vez que o outro filho era um anão. E cavaleiro da Guarda Real era aos moldes da Patrulha da Noite.
Aos quinze anos, Jaime Lannister era cavaleiro, uma honra que recebera da mão de Sor Authur Dayne, o Espada  da Manhã. Com isso, Sor Tywin Lannister se demitiu do cargo e se retirou da corte, levando Cersei consigo de volta ao Rochedo Casterly.
         O rei aceitou, dessa vez, nomeando Lorde Owen Merryweather como sua Nova Mão do Rei.
Foram quase vinte anos de parceria entre Aerys Targaryen e Tywin Lannister, que teve um fim amargo.
Lorde Walter Whent anunciou planos para um grande torneio em sua sede, em Harrenhal, para celebrar o nascimento de sua filha. 
Rei Aerys II aproveitou o evento para empossar formalmente Sor Jaime Lannister como Cavaleiro da Guarda Real.


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