AEGON V
O primeiro ato de Aegon V foi resgatar a imagem do reino devido o assassinato de Anys Blackfire da maneira traiçoeira por parte do Mão, Sor Brynden Rivers, o Sangue de Corvo, tendo dado o "salvo conduto" e descumpri-lo.
Embora muitos se colocavam favoráveis a ele, vendo os pretendentes Blackfyre fora do caminho, o rei Aegon V não via outra forma a não ser condenar o Mão, para que a palavra do Trono de Ferro não fosse vista como leviana. Era uma questão de honra.
Apesar de sentenciá-lo à morte, o rei ofereceu a Sangue de Corvo a chance de vestir o negro e se juntar à Patrulha da Noite. E assim, Sor Brynden Rivers embarcou rumo à Muralha no final de 233 d.C., e seu navio não foi interceptado. Duzentos homens, muitos arqueiros da guarda pessaol da Mão, os Dentes de Corvo, partiram com ele e mais o irmão do rei, Meistre Aemon.
Sangue de Corvo tornar-se-ia Senhor Comandante da Patrulha da Noite em 239 d.C. até seu desaparecimento, em 252 d.C.
Aegon V encontrou dificuldade em reinar por causa de um inverno terrível que já durava três anos e não se mostrava acabar.
Havia fome e sofrimento no Norte como já ocorrera em 130 d.C. e que durou cinco anos. Aegon se preocupava com o bem estar dos pobres e fracos, e fazia o possível para suprir o Norte com alimentos e grãos, mas alguns achavam que ele se excedia.
E ainda havia a ameaça Blackfyre que não terminou com a morte de Aenys Blackfyre. O inimigo, no exílio, se fortaleceu mais com a traição de Sangue de Corvo, principalmente Açoamargo, seu rival.
Em 236 d.C., enquanto o inverno rigoroso parecia chegar ao fim, a Quarta Rebelião Blackfyre começava com a autodenominação de Daemon III como rei. Ele era filho de Haegon e neto de Daemon I. Daemon III atravessou o mar estreito com Açoamargo e a Companhia Dourada em sua retaguarda.
Eles desembarcaram no Gancho de Marsey, no sul da Baía da Água Negra. O rei Aegon V e seus três filhos cavalgaram até eles.
Na batalha da Ponte de Guaquevai, os Blackfyre sofreram uma derrota considerável, pois Daemon III foi morto por aquele cavaleiro andante, Sor Duncan, o Alto, que era da Guarda Real, a quem Egg serviu de escudeiro.
Açoamargo conseguiu fugir, só para aparecer mais tarde, nas Terras Disputadas, lutando com seus mercenários em uma luta importante entre Tyrosh e Myr. Nessa batalha, Açoamargo veio a falecer, com a espada na mão, com sessenta e nove anos de idade.
Mas a Companhia Dourada sobreviveria servindo aos Blackfyre.
Ocorreram outras batalhas na época de Aegon V. Embora amado pelo povo simples, ele fazia inimigos entre os Senhores da corte, aqueles cujos poderes, Aegon tentava reduzir. Era quase a filosofia de tirar dos ricos e dar aos pobres.
Estudante de História e amante dos livros, costumava dizer que se tivesse dragões, poderia refazer o reino do zero, com paz, prosperidade e justiça para todos.
Aegon V se casara por amor tomando por esposa a Senhora Betha Blackwood, a animada, filha do Senhor do Solar de Corvabar, que se tornou conhecida como Negra Betha, pelos olhos escuros e cabelos negros. Quando se casaram, em 220 d.C., ela tinha dezenove anos e ele, vinte anos. Ele estava distante da sucessão na época. Eles tiveram três filhos homens: Duncan, Jaehaerys e Daeron.
Rei Aegon V, o Improvável em pé, ao fundo e seus filhos (esq. para dir.) Duncan, Jaehaerys e Daeron
Também tiveram duas filhas mulheres: Shaera e Rhaelle. Os Targaryen costumavam repetir nomes de seus ascendentes, falecidos ou não, além do costume de se casarem entre si.
Mas Aegon quebrou esse costume antigo. Ele achava que casamento incestuoso traziam mais danos que vantagens. Portanto, preferiu casar seus filhos e filhas com os filhos e filhas dos maiores Senhores espalhados pelos Sete Reinos. Porém, seus filhos eram teimosos e voluntariosos como a mãe, e, como o pai, preferiram seguir o coração.
E foi assim que começaram a surgir alguns problemas de relacionamento com as outras Casas dos Reinos. Os acordos matrimoniais ficaram ameaçados.
Duncan, o mais velho, estava comprometido com uma filha da Casa Baratheon de Ponta Tempestade, mas enquanto viajava pelas terras fluviais, se apaixonou por uma garota adorável e misteriosa que afirmava ser Jenny de Pedravelha (falida), descendente dos Primeiros Homens.
As pessoas do lugarejo diziam que ela era apenas uma camponesa meio maluca ou até bruxa. E, em vez de desistir de Jenny, o príncipe Duncan desistiu do Trono de Ferro em favor de seu irmão príncipe Jaehaerys.
E essa decisão veio abalar a reputação de Lorde Lyonel Baratheon. Uma rebelião curta, mas sangrenta, teve início, terminando quando Sor Duncan da Guarda Real derrotou Lorde Lyonel. O rei Aegon V deu sua palavra solene de que sua filha caçula, Rhaelle, se casaria com o herdeiro da Casa Baratheon. E por garantia, Rhaelle foi enviada como copeira e companhia da esposa de Lorde Lyonel.
E quanto a Jenny de Pedravelha, foi aceita pelo reino com o tempo, e por todos, cativando o carinho e a simpatia de todo os Sete Reinos.
Com o filho Jaehaerys, o problema foi parecido, mas a causa era diferente. Ao contrário dos pais, Jaeharys era mais tradicional e desde muito jovem já gostava da irmã , Shaera e era correspondido. Apesar dos pais fazerem de tudo para separá-los, não conseguiram.
Um ano depois do casamento de Duncan com Jenny, o príncipe Jaehaerys e a princesa Shaera fugiram, casaram em segredo e consumaram o matrimônio.
Quando o rei Aegon V e a rainha Betha souberam, não tiveram outra escolha a não ser aceitar a união. Mas mais uma vez, um compromisso quebrado e orgulho ferido das Casas nobres afrontadas, pois Jaehaerys estava prometido para Celia Tully, filha do Senhor de Correrrio, e Shaera, com Luthor Tyrell, herdeiro do Jardim de Cima.
Até o filho mais moço do rei, príncipe Daeron, afligiu o pai do mesmo modo. Embora comprometido com a Senhora Olenna Redwyne da Árvore, desde quando tinham nove anos de idade, o príncipe Daeron repudiou o compromisso em 246 d.C., aos dezoito anos de idade, mas não por causa de outra mulher. Ele gostava de se envolver em batalhas e torneios. Veio a falecer em 251 d.C., liderando um exército contra o Rato, o Falcão e o Porco.
Em 258 d.C., em Essos, surgiu outro desafio para o reinado de Aegon V, quando nove foras da lei, piratas e mercenários exilados se juntaram formando o "Bando dos Nove" querendo conquistar reinos para cada um deles. Entre eles estava o último Blackfyre, Maelys, o Monstruoso, que liderava a Companhia Dourada, antes comandada pelo falecido Açoamargo. Eles "só queriam " os Sete Reinos para eles. Era tão ridícula a pretensão, que Aegon não deu importância, ficando focado nos assuntos do reino, principalmente em dragões.
Conforme envelhecia, Aegon V começara a sonhar com dragões voando sobre Westeros. E se convencia de que se tivesse dragões, ele teria mais poder sobre os Sete Reinos como outrora aconteceu.
O que começou com um sonho, acabou em tragédia, dolorosa em um momento de alegria.
No fatídico ano de 259 d.C., o rei Aegon V convocou várias das pessoas mais próximas a ele, para comparecerem em Solarestival, seu castelo favorito, para celebrar o nascimento de seu primeiro bisneto, um menino que se chamaria Rhaegar, filho de seu neto Aerys e sua neta Rhaella, filhos do príncipe Jaehaerys e da princesa Shaera.
É um azar que a tragédia de Solarestival tenha deixado tão poucas testemunhas vivas. Havia quem acreditava que o fogovivo e um pouco de magia, podiam fazer nascerem dragões.
Solarestival ardeu em chamas.
A destruição de Solarestival
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