Historia Antiga - 3ª parte

                           Ascensão de Valíria


          Enquanto Westeros se recuperava da Longa Noite, uma nova força ascendia em Essos.  O vasto continente que se estendeu do mar estreito até o fabuloso Mar de Jade e o distante Ulthos, parece ser o lugar em que a civilização,  como a conhecemos, se desenvolveu.
              A primeira delas (não obstante as alegações duvidosas de Qarth, as lendas de Yi Tish sobre o Grande Império da Aurora, e as dificuldades em encontrar qualquer verdade sobre a lendária Asshai), estava enraizada na Velha Ghis= uma cidade construída sobre a escravidão. 
             O fundador da cidade, Grazdan, o Grande, ainda é tão reverenciado que muitas famílias escravagistas usam seu nome. Ele fundou as legiões marchantes com seus escudos altos e três lanças, conhecidos como grupos disciplinados.
            A Velha Ghis e seu exército colonizaram cidades vizinhas, tornando-se o primeiro império por séculos.
           Porém, abrigados entre as grandes montanhas vulcânicas conhecidas como Catorze Chamas estavam os valirianos, que aprenderam a domar dragões e fazerem deles, armas de guerra mais terríveis e temíveis.
          Os contos valirianos dizem que eles eram parentes descendentes dos dragões.
          Os valirianos eram belos, com cabelo loiro-prateado ou dourado pálido e olhos em tons de violeta, não vistos em outras pessoas do mundo, comprovando que o sangue desse povo não era do mesmo sangue dos outros homens.

Senhores de dragões

               Os valirianos não tinham reis. Denominavam-se a Cidade Franca de Valíria. Arcontes podiam ser escolhidos, para ajudar na tomada de decisões, pelos senhores valirianos entre seus  pares e só por tempo limitado.
              As cinco grandes guerras entre Cidade Franca e a Velha Ghis terminaram com vitória dos valirainos sobre os ghiscari. A última fez com que as antigas muralhas da Velha Ghis, erguidas por Grazdan, fossem arrasadas. As pirâmides colossais, templos e lares foram devastados pelos dragões. Então os ghiscari, que sobreviveram, se tornaram parte do império valiriano, como escravos e adotando o idioma, o alto valiriano.
              Deu-se  a queda da Velha Ghis.

             

           O que resta  agora do antes orgulhoso império da Velha Ghis é uma coisa insignificante - algumas cidades agarradas como chagas à Baía dos Escravos, e outros fingem que a Velha Ghis retornou. Depois que a Perdição se abateu sobre Valíria, as cidades da Baía dos Escravos foram capazes de se livrar dos últimos grilhões valirianos, governando a si mesmas de verdade, em vez de fazer de conta. E o que restou dos ghiscari, rapidamente restabeleceu o comércio de escravos.

          Tijolos e sangue construíram Astapor, e tijolos e sangue fizeram seu povo. Governada por homens que se autointitulavam Bons Mestres, Astapor é a mais conhecida pela criação dos escravos-soldados eunucos, chamados de Imaculados - homens criados desde a infância para serem guerreiros destemidos que não sentem dor. Os astapori fingem ser as legiões marchantes do Antigo Império, mas aqueles homens eram livres e os Imaculados, não são.

         Sobre Yunkai, a cidade amarela, é um lugar vergonhoso. Os "Sábios Mestres" estão mergulhados em corrupção, vendendo escravos de cama, meninos michês e coisa pior.

         A mais formidável entre as cidades da Baía dos Escravos é a antiga Meereen, mas em ruínas como as outras, e sua população agora é uma fração do que era no auge do Antigo Império e treinam escravos para lutar e morrer para sua diversão, em arenas de luta.

        As três cidades pagam tributos aos khalasares que passam por elas, em vez de enfrentá-los, e os dothraki fornecem muito dos  escravos que os ghiscari treinam e vendem.

        A mais vital das cidades ghiscari é também a menor e a mais nova, e não menos impostora na grandeza: Nova Ghis, deixada a sua própria sorte em sua ilha. Lá também são formados legiões de ferro imitando as legiões do Antigo Império, mas, ao contrário dos Imaculados, eles são livres como os soldados da Velha Ghis.