AEGON III
O jovem Rei Aegon III
Aegon, o Jovem, assumiu o trono aos 131 d.C, como Aegon III. Seus apoiadores derrotaram o último exército de Aegon II na Batalha da Estrada do Rei e controlaram Porto Real. A frota Velaryon mais uma vez servia ao Trono de Ferro, e a Serpente do Mar certamente ajudaria a guiar o jovem rei. Foi o período conhecido como Falsa Aurora.
Antes de morrer, Aegon II enviara homens para o outro lado do mar estreito em busca de mercenários para ajudá-lo, mas não se sabia se eles viriam. No oeste, o Rei Lula Gigante e seus saqueadores arrasaram a Ilha Bela e a costa ocidental. E um inverno terrível e cruel - declarado pelo Conclave de Vilavelha - caíra sobre o reino por duros seis anos .
Em nenhum lugar dos Sete Reinos o inverno preocupava tanto quanto no Norte, uma das razões dos Lobos do Inverno, sob o estandarte de Lorde Roderick Dustin, lutarem pela rainha Rhaenyra. Mais atrás vinha um exército ainda maior de homens sob o estandarte de Lorde Cregan Stark.
Porém, com o envenenamento do rei Aegon II, frustaram-se um pouco, uma vez que acabou com a guerra. Então Lorde Stark marchou com seus homesn para Porto Real, mas para um resultado muito diferente. Ele queria punir Ponta Tempestade, Vilavelha e Rochedo Casterly, por apoiarem o rei. Mas Lorde Corlys já mandara enviados para esses, a fim de negociar a paz. E enquanto a corte esperava notícias do sucesso ou fracasso de Lorde Corlys, Lorde Stark dominou a corte. Esse período durou seis dias e ficou conhecido como a Hora do Lobo.
Lorde Stark queria que os envenenadores do rei Aegon fossem severamente punidos, pois considerava a morte por envenenamento, uma traição contra os próprios deuses que o ungiram. Stark prendeu vinte e dois homens em nome de Aegon III - entre eles Larys Pé-Torto e Corlys Velaryon. Intimidado, o jovem Aegon III, que tinha onze anos na época, concordou em tornar Lorde Cregan Stark sua Mão.
Stark ocupou o cargo somente por um dia, apenas para executar Sor Gyles Belgrave da Guarda Real e Larys Pé-Torto, último da linhagem da Casa Strong. Lorde Corlys foi poupado do julgamento pelas maquinações de Baela e Rhaena Targaryen, que convenceram Aegon III a publicar um decreto restaurando seus cargos e honras. E para permitir que tal decreto fosse cumprido, Negra Aly Blackwood se ofereceu a Lorde Stark em casamento. No dia seguinte, ele resignou ao cargo de Mão, deixando Porto Real e voltando pro Norte.
E começou o período de regência, que durou cinco anos, até o atingimento da maior idade do rei, presidido por um conselho de sete. Só um dos regentes, o Grande Meistre Munkun, permaneceu o tempo todo; os outros morreram, pediram demissão ou foram substituídos quando necessário. Desses, o maior foi a Serpente do Mar, que morreu aos setenta e nove anos e seu corpo foi velado por sete dias ao pé do Trono de Ferro, e o reino lamentou.
-Os Regentes do Rei Aegon III - Primeiro Conselho dos Sete:
- Senhora Jeyne Arryn, a Donzela do Vale - morta por enfermidade em Vila Gaivota em 134 d.C.
- Lorde Corlys Velaryon, a Serpente do Mar - morto de velhice em 132 d.C, com setenta e nove anos.
- Lorde Roland Westerling do Despenhadeiro - morto de febre do inverno, em 133 d.C.
- Lorde Royce Caron de Nocticantiga - desistiu do cargo em 132 d.C.
- Lorde Manfryd Mooton de Lagoa da Donzela - morto de velhice e enfermidade em 134 d.C.
- Sor Torrehen Manderly de Porto Branco - desistiu do cargo em 132 d.C, depois que seu pai e irmão morreram de febre do inverno.
- Grande Meistre Munkun - único homem a permanecer no cargo, de 131 d.C a 136 d.C.
Os anos de regência foram marcados por turbulência. Sor Tyland Lannister serviu habilmente como Mão do Rei, apesar da cegueira e mutilições que sofreu por tortura quando se recusou a revelar o tesouro escondido de Aegon II para Rhaenyra. Mas a febre do inverno o levou em 133 d.C.
As coisas pioraram quando Unwim Peake, Senhor de Pontestrelada, Dunstonbury e Bosque Branco, se tornou primeiro regente ( depois dos sete ),e depois Mão. Ressentido por não fazer parte dos primeiros dos Sete, compensou isso colocando seus parentes em muitos postos-chaves , tentou casar sua filha com o rei Aegon III após o aparente suicídio da rainha Jaehaera, que tinha oito anos quando se casou com o primo Aegon III, e dez anos quando se jogou da Fortaleza de Maegor nas estacas do fosso seco embaixo. Há quem ache que tenha o dedo de Peake nessa morte. Peake esforçou-se para enfraquecer seus rivais.
Lorde Alyn Velaryon, neto da Serpente do Mar, era o principal rival da Mão, Peake. Recusou substituir o pai como regente e partiu para navegar até Degraus. Lá recebeu o nome de Punho de Carvalho, após uma grande vitória no mar contra os piratas de Racallio Ryndoon, garantindo-lhe honras e recompensas. Mas Mão convenceu os regentes a despacharem Punho de Carvalho para as terras ocidentais para lidar com os dracares da Lula Gigante Vermelha. Claro que Unwin Peake contava com sua derrota ou até sua morte, mas Lorde Alyn saiu vitorioso.
Em tudo isso, Aegon III, jovem demais para governar, era apenas uma peça do tabuleiro. Era um jovem melancólico e mal humorado. Gostava de usar negro e pouco falava. Seu único amigo era Gaemon Cabelo-Claro, seu criado, que viria a morrer por traição quando tentou envenenar e o rei e a rainha posteriormente.
A Senhora Daenaera era filha do primo de Alys Valeryon, Daeron, que morrera lutando ao seu lado em Degraus. Uma criança infinitamente bela, Daenaera tinha seis anos quando foi apresentada ao rei no Grande Baile de 133 d.C., organizado pela Mão, Lorde Peake, que ainda aspirava casar sua filha com o rei, o que não aconteceu. Aegon III acabou escolhendo Daenaera como sua rainha.
Então, o Mão, ultrajado com a escolha do rei, ameaçou largar o posto, o que foi visto com bons olhos pelos regentes, para sua surpresa, sendo demitido do cargo.
Os regentes indicaram Lorde Thaddeus Rowan para assumir a posição de Mão.
Aegon teve uma grande e quase única alegria nesses anos: o retorno de seu irmão mais moço, príncipe Viserys, que o reino acreditava que estivesse morrido na Batalha da Goela. O rei nunca se perdoou ao abandonar seu irmão, fugindo com seu dragão, "Stormcloud".
Mas depois de um tempo, príncipe Viserys foi encontrado em Lys, por Punho de Carvalho, onde príncipes mercadores o esconderam para lucrarem com seu resgate ou morte. O preço que Lorde Alyn pagou pela sua soltura foi alto. Viserys estava casado com a bela Larra Rogare, uma jovem lisena, sete anos mais velha que ele, trazendo alegria ao rei Aegon III.
Claro que o casamento entre Larra e Viserys era arranjado. Nessa época, o Banco Rogare crescia mais que o Banco de Ferro, e a família Rogare, rica e ambiciosa, aproveitou o casamento para conspirar contra o rei, com a ajuda de Lorde Rowan, o Mão. Mas foram descobertos e presos e Rowan, acusado de cumplicidade, demitido.
Lógico que a situação de Larra ficou delicada, mas o rei e seu irmão a perdoaram e a acolheram.
Tudo se estabeleceu com Munkun servindo como Mão e regente pelo resto do ano, até que novos regentes foram indicados e uma nova Mão foi encontrada.
O período de regência acabou no 16º dia do nome do rei, quando ele entrou na Câmara do pequeno conselho e dispensou seus regentes e demitiu sua então Mão, Lorde Manderley.
Aegon III dispensa seus regentes e a Mão, Lorde Manderley
Foi um reinado débil como o próprio rei, que continuava melancólico, trancado em seus aposentos. Nem a rainha Daenaera conseguia alegrá-lo, mesmo depois de florescer. Mesmo assim, tiveram dois filhos e três filhas. O mais velho, Daeron, foi nomeado Príncipe de Pedra do Dragão e herdeiro aparente. Seus filhos eram: Daeron Targaryen (O Jovem Dragão); Baelor Targaryen (O Abençoado); Daena Targaryen ( A Desafiante); Rhaena Targaryen e Elaena Targaryen.
Ao contrário de Aegon III, seu irmão, Príncipe Viserys, nomeado como Mão, era encantador, apesar de ele e seus filhos terem sido abandonados por Larra Rogare, partindo de volta para Lys.
Vale ressaltar que apareceram vários pretendentes falsos, se passando por Daeron, o Ousado, irmão caçula de Aegon II, que lutou na Segunda Batalha de Tumbleton, supostamente morto, mas seu corpo nunca foi encontrado.
Realmente, a visão de sua mãe, Rhaenyra, ser devorada viva pelo dragão, o abalou para sempre. Talvez fosse o motivo de Aegon III ser tão depressivo. Com isso, justificava seu medo por dragões, apesar de Viserys tentar convencê-lo de que um dragão o tornaria mais respeitado, imponente.
Ainda existiam quatro dragões vivos no início do seu reinado - Asaprata, Manhã, Ladrão de Ovelhas e Canibal.
Mesmo assim, Aegon III sempre seria lembrado como Desgraça dos Dragões, pois o último dragão Targaryen morreu em seu reinado, no ano de 153 d.C.
O Reinado de Aegon III, conhecido como Rei Quebrado e também como Aegon, o Desafortunado, acabou quando ele morreu, com trinta e seis anos, devido a uma tuberculose, no ano de 157 d.C.
O rei melancólico não é lembrado com carinho.