quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Os Reis Targaryen - Daeron I






                                           DAERON I


Rei Daeron I, o Jovem Dragão


        Em 157 d.C., com a morte de Aegon III, seu filho assumiu o Trono. Daeron era um simpes jovem de quatorze anos. Talvez pelo encanto e genialidade do menino, ou talvez por causa das lembranças durante a regência de Aegon, o príncipe Viserys, seu tio, não insistiu em uma regência. Em vez disso, continuou a servir como Mão.
Daeron era um jovem  de raro brilho e força, ousado a ponto de querer conquistar Dorne, velha ambição dos Targaryen.
Viserys e o conselho tentaram argumentar contra, pois já não haviam dragões, mas foi inútil e Daeron rebateu que ele próprio era um dragão.
Quando revelou seus planos elaborados com ajuda de Alyn Velaryon, o Punho de Carvalho, então acharam viável. Daeron I  provou amplamente um talento no campo de Dorne, superando Aegon, o Conquistador.
Daeron I dividiu seu exército em três forças:
- uma, liderada por Lorde Tyrell, que atravessou o Passo do Príncipe, na extremidade ocidental das Montanhas Vermelhas de Dorne;
- outra, liderada pelo primo do rei e mestre dos navios, Alyn Valeryon, viajando pelo mar;
- a terceira, liderada pelo próprio rei Daeron I, passando pela passagem traiçoeira, chamada Caminho do Espinhaço, onde fez uso de trilhas de cabras e outros percursos perigosos para evitar as torres dornesas e as mesmas armadilhas que haviam capturado Orys Baratheon , algum tempo atrás.
O Passo do Príncipe foi conquistado  e a frota real tomou Vila Tabueira , e seguiram rio acima. Com Dorne parcialmente dominada,  as forças dornesas do leste e oeste não podiam mais se ajudar mútuamente.
Muitas batalhas aconteceram, mas o relato mais fiel é do próprio rei Daeron. Em um ano, os invasores estavam nos portões da Lançassolar, abrindo caminho da cidade das sombras. Em 158 d.C., o Príncipe de Dorne e quarenta dos seus mais poderosos  senhores dobraram os joelhos a Daeron I, na Submissão de Lançassolar.
Ainda haviam rebeldes fora da lei em bom número. Em um episódio infame, uma flecha envenenada direcionada ao rei, acabou atingindo seu primo Aemon, filho caçula do príncipe Viserys II, e ele teve que voltar para casa.
Enfim, Daeron I pode voltar vitorioso para Porto Real, deixando Lorde Tyrell em Dorne para garantir a paz.
Mas os plebeus e rebeldes de Dorne não aceitavam a derrota para Daeron. A rebelião de verdade começou quando Lorde Tyrell e sua comitiva viajaram para Arenito, onde sua senhoria foi morto em uma cama cheia de escorpiões. A rebelião varreu Dorne de um canto a outro.
Por volta de 160 d.C., os rebeldes já estavam incontrolados em Dorne, fazendo  com que  o próprio Jovem Dragão voltasse a Dorne para por fim aos rebeldes.
Em uma traição sangrenta , os dorneses atacaram Daeron e sua comitiva, sob um estandarte de paz.
O príncipe Aemon, o Cavaleiro do Dragão, foi ferido e capturado enquanto Daeron I foi assassinado, cercado por uma dúzia de inimigos armados. Dizem que ele morreu com a espada Blackfyre nas mãos.
Assim, seu reinado durou quatro anos, sem herdeiros.


Os Reis Targaryen - Aegon III






                                                            AEGON III


O jovem Rei Aegon III



        Aegon, o Jovem, assumiu o trono aos 131 d.C, como Aegon III. Seus apoiadores derrotaram o último exército de Aegon II na Batalha da Estrada do Rei e controlaram Porto Real. A frota Velaryon mais uma vez servia ao Trono de Ferro, e a Serpente do Mar certamente ajudaria a guiar o jovem rei. Foi o período conhecido como Falsa Aurora.
Antes de morrer, Aegon II enviara homens para o outro lado do mar estreito em busca de mercenários para ajudá-lo, mas não se sabia se eles viriam. No oeste, o Rei Lula Gigante e seus saqueadores arrasaram a Ilha Bela e a costa ocidental. E um inverno terrível e cruel - declarado pelo Conclave de Vilavelha - caíra sobre o reino por duros seis anos .
Em nenhum lugar dos Sete Reinos o inverno preocupava tanto quanto no Norte, uma das razões dos Lobos do Inverno, sob o estandarte de  Lorde Roderick Dustin, lutarem pela rainha  Rhaenyra. Mais atrás vinha um exército ainda maior de homens sob o estandarte  de Lorde Cregan Stark.
Porém, com o envenenamento do rei Aegon II,  frustaram-se um pouco, uma vez que acabou com  a guerra. Então Lorde Stark marchou com seus homesn para Porto Real, mas para um resultado muito diferente. Ele queria punir Ponta Tempestade, Vilavelha e Rochedo Casterly, por apoiarem o rei. Mas Lorde Corlys já mandara enviados para esses, a fim de negociar a paz. E enquanto a corte esperava notícias do sucesso ou fracasso de Lorde Corlys, Lorde Stark dominou a corte. Esse período durou seis dias e ficou conhecido como a Hora do Lobo.
Lorde Stark queria que os envenenadores do rei Aegon fossem severamente punidos, pois considerava a morte por envenenamento, uma traição contra os próprios deuses que o ungiram. Stark prendeu vinte e dois homens em nome de Aegon III - entre eles Larys Pé-Torto e Corlys Velaryon. Intimidado, o jovem Aegon III, que tinha onze anos na época, concordou em tornar Lorde Cregan Stark sua Mão.
Stark ocupou o cargo somente por um dia, apenas para executar Sor Gyles Belgrave da Guarda Real e Larys Pé-Torto, último da linhagem da Casa Strong. Lorde Corlys foi poupado do julgamento pelas maquinações de Baela e Rhaena Targaryen, que convenceram Aegon III a publicar um decreto restaurando seus cargos e honras. E para  permitir que tal decreto fosse cumprido, Negra Aly Blackwood se ofereceu a Lorde Stark em casamento.  No dia seguinte, ele resignou ao cargo de Mão, deixando Porto Real e voltando pro Norte. 
E começou o período de regência, que durou cinco anos, até o atingimento da maior idade do rei, presidido por um conselho de sete. Só um dos  regentes, o Grande Meistre Munkun, permaneceu o tempo todo; os outros morreram, pediram demissão ou foram substituídos quando necessário. Desses, o maior foi a Serpente do Mar, que morreu aos setenta e nove anos e seu corpo foi velado por sete dias ao pé do Trono de Ferro, e o reino lamentou.
-Os Regentes do Rei Aegon III - Primeiro Conselho dos Sete:
- Senhora Jeyne Arryn, a Donzela do Vale - morta por enfermidade em Vila Gaivota em 134 d.C.
- Lorde Corlys Velaryon, a Serpente do Mar - morto de velhice em 132 d.C, com setenta e nove anos.
- Lorde Roland Westerling do Despenhadeiro - morto de febre do inverno, em 133 d.C.
- Lorde Royce Caron de Nocticantiga - desistiu do cargo em 132 d.C.
- Lorde Manfryd Mooton de Lagoa da Donzela - morto de velhice e enfermidade em 134 d.C.
- Sor Torrehen Manderly de Porto Branco - desistiu do cargo  em 132 d.C, depois que seu pai e irmão morreram de febre do inverno.
- Grande Meistre Munkun - único homem a permanecer no cargo, de 131 d.C a 136 d.C.
Os anos de regência foram marcados por turbulência. Sor Tyland Lannister serviu habilmente como Mão do Rei, apesar da cegueira e mutilições que sofreu por tortura quando se recusou a revelar o tesouro escondido de Aegon II para Rhaenyra. Mas a febre do inverno o levou em 133 d.C.
As coisas pioraram quando Unwim Peake, Senhor de Pontestrelada, Dunstonbury e Bosque Branco, se tornou primeiro regente ( depois dos sete ),e  depois Mão. Ressentido por não fazer parte dos primeiros dos Sete, compensou isso colocando seus parentes em muitos postos-chaves , tentou casar sua filha com o rei Aegon III após o aparente suicídio da rainha Jaehaera, que tinha oito anos quando se casou com o primo Aegon III, e dez anos quando se jogou da Fortaleza de Maegor nas estacas do fosso seco embaixo. Há quem ache que tenha o dedo de Peake nessa morte. Peake esforçou-se para enfraquecer seus rivais.
Lorde Alyn Velaryon, neto da Serpente do Mar, era o principal rival da Mão, Peake. Recusou substituir o pai como regente e partiu para navegar até Degraus. Lá recebeu o nome de Punho de Carvalho, após uma grande vitória no mar contra os piratas de Racallio Ryndoon, garantindo-lhe honras e recompensas. Mas Mão convenceu os regentes a despacharem Punho de Carvalho para as terras ocidentais para lidar com os dracares da Lula Gigante Vermelha. Claro que Unwin Peake contava com sua derrota ou até sua morte, mas Lorde Alyn saiu vitorioso.
Em tudo isso, Aegon III, jovem demais para governar, era apenas uma peça do tabuleiro. Era um jovem melancólico e mal humorado. Gostava de usar negro e pouco falava.   Seu único amigo era Gaemon Cabelo-Claro, seu criado, que viria a morrer por traição quando tentou envenenar e o rei e a rainha posteriormente.
A Senhora Daenaera era filha do primo de Alys Valeryon, Daeron, que morrera lutando ao seu lado em Degraus. Uma criança infinitamente bela, Daenaera tinha seis anos quando foi apresentada ao rei no Grande Baile  de 133 d.C., organizado pela Mão, Lorde Peake, que ainda aspirava casar sua filha com o rei, o que não aconteceu. Aegon III acabou escolhendo Daenaera como sua rainha.
Então, o Mão, ultrajado com a escolha do rei, ameaçou largar o posto, o que foi visto com bons olhos pelos regentes, para sua surpresa, sendo demitido do cargo.
Os regentes indicaram Lorde Thaddeus Rowan para assumir a posição de Mão.
Aegon teve uma grande e quase única alegria nesses anos: o retorno de seu irmão mais moço, príncipe Viserys, que o reino acreditava que estivesse morrido na Batalha da Goela. O rei nunca se perdoou ao abandonar seu irmão, fugindo com seu dragão, "Stormcloud".
Mas depois de um tempo, príncipe Viserys foi encontrado em Lys, por Punho de Carvalho, onde príncipes mercadores o esconderam para lucrarem com seu resgate ou morte. O preço que Lorde Alyn pagou pela sua soltura foi alto. Viserys estava casado com a bela Larra Rogare, uma jovem lisena, sete anos mais velha que ele, trazendo alegria ao rei Aegon III.
Claro que o casamento entre Larra e Viserys era arranjado. Nessa época, o Banco Rogare crescia mais que o Banco de Ferro, e a família Rogare, rica e ambiciosa, aproveitou o casamento para conspirar contra o rei, com a ajuda de Lorde Rowan, o Mão.         Mas foram descobertos e presos e Rowan, acusado de cumplicidade, demitido.
Lógico que a situação de Larra ficou delicada, mas o rei e seu irmão a perdoaram e  a acolheram.
Tudo se estabeleceu com Munkun servindo como Mão e regente pelo resto do ano, até que novos regentes foram indicados e uma nova Mão foi encontrada.
O período de regência acabou no 16º dia do nome do rei, quando ele entrou na Câmara do pequeno conselho e dispensou seus regentes e demitiu sua então Mão, Lorde Manderley.


Aegon III dispensa seus regentes e a Mão, Lorde Manderley


          Foi um reinado débil como o próprio rei, que continuava melancólico, trancado em seus aposentos. Nem a rainha Daenaera conseguia alegrá-lo, mesmo depois de florescer.              Mesmo assim, tiveram dois filhos e três filhas. O mais velho, Daeron, foi nomeado Príncipe de Pedra do Dragão e herdeiro aparente. Seus filhos eram: Daeron Targaryen (O Jovem Dragão); Baelor Targaryen (O Abençoado);  Daena Targaryen ( A Desafiante); Rhaena Targaryen e Elaena Targaryen.
Ao contrário de Aegon III, seu irmão, Príncipe Viserys, nomeado como Mão, era encantador, apesar de ele e seus filhos terem sido abandonados por Larra Rogare, partindo de volta para Lys.
Vale ressaltar que apareceram vários pretendentes falsos, se passando por Daeron, o Ousado, irmão caçula de Aegon II, que lutou na Segunda Batalha de Tumbleton, supostamente morto, mas seu corpo nunca foi encontrado.
Realmente, a visão de sua mãe, Rhaenyra, ser devorada viva pelo dragão, o abalou para sempre. Talvez fosse o motivo de Aegon III ser tão depressivo. Com isso, justificava seu medo por dragões, apesar de Viserys tentar convencê-lo de que um dragão o tornaria mais  respeitado, imponente.
Ainda existiam quatro dragões vivos no início do seu reinado - Asaprata, Manhã, Ladrão de Ovelhas e Canibal.
Mesmo assim, Aegon III sempre seria lembrado como Desgraça dos Dragões, pois o último dragão Targaryen morreu em seu reinado, no ano de 153 d.C.
        O Reinado de Aegon III, conhecido como Rei Quebrado e também como Aegon, o Desafortunado, acabou quando ele morreu, com trinta e seis anos, devido a uma tuberculose, no ano de 157 d.C.
O rei melancólico não é lembrado com carinho.




terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Os Reis Targaryen - Aegon II






                                                     AEGON II




        Nenhuma guerra foi mais sangrenta e cruel do que a Dança dos Dragões. Guerra entre irmãos.  Apesar de Viserys I ter preferência por Rhaenyra, o príncipe Aegon, o Velho, foi convencido por sua mãe  e pelo conselho a assumir o trono do pai antes mesmo do cadáver esfriar.
Rhaenyra estava grávida de sua terceira filha com Daemon, que nasceu morta.           
        Estavam em Pedra do Dragão, quando soube da usurpação do trono por seu meio irmão. 
        Ficou com muita raiva, pois o trono pertencia a ela, conforme vontade de seu pai.
Passado o parto, estava pronta para a guerra, pois não se conformou.
Tanto Alicent quanto Rhaenyra tinham apoio dos parentes e cada lado tinha dragões.
O primeiro sangue derramado foi o do velho mestre da moeda, Lorde Beesbury, por apoiar Rhaenyra. No entanto, as mais lamentáveis foram as mortes do jovem príncipe Lucerys Velaryon (Luke), filho de Rhaenyra com Laenor (há controvérsias) e de Jaehaerys, filho de Aegon com Halaena.
Quando foi mandado pela mãe,  para receber o apoio de Lorde Borros, o príncipe Aemond  já estava lá. Lembrando que foi Luke que  tirou o olho de Aemond,  há nove anos. Lorde Borros negou a vingança a Aemond dentro de seu salão do castelo, mas fora de lá, não se importava.
Aemond montado no seu dragão Vhagar, perseguiu Lucerys e seu dragão Arrax.         Dizem que Lucerys e seu dragão, meio a derrota, cairam ao mar no meio da tempestade que caía fora das muralhas do castelo.


A morte do príncipe Lucerys e de seu dragão



        Rhaenyra desmaiou ao saber da notícia da morte de seu filho, mas o padrasto, príncipe Daemon não tolerou e enviou uma mensagem onde estava escrito: "Olho por olho, um filho por outro. Lucerys será vingado."
Além de muitos amigos que Daemon fez desde quando foi o Príncipe da Cidade, tinha a amizade de Mysaria, o Verme Branco.
Ela garantiu a vingança. Ela conhecia um matador de ratos que conhecia os segredos dos túneis de Maegor. Esgueirando-se até a Fortaleza Vermelha, Sangue e Queijo,assim era chamado, capturou a rainha Halaena e seus filhos e ofereceu à esposa de Aegon, o Velho, o direito de escolher qual dos filhos morreria. Foi horrível, mas por fim, sem saída e sem qualquer ajuda, ela escolheu Maelor, o mais moço. Em vez disso, Sangue e Queijo matou Jaehaerys, enquanto Halaena berrava. 
       Mas Maelor também não foi poupado.  Morreu pisoteado e feito em pedaços pela multidão, em Ponteamarga, quando estava sendo levado em segredo para Vilavelha, em Torrealta.
No início dessa guerra, os principais apoiadores de Aegon II eram Lorde Hightower, Lorde Lannister e Lorde Baratheon. Os principais de Rhaenyra eram seu sogro, Lorde Velaryon, sua prima Senhora Jeyne Arryn e Lorde Stark.
Lorde Greyjoy e Lorde Tully, se juntaram mais tarde a Rhaenyra. Os Tyrell assim como os dorneses, se mantiveram fora.
        Finalmente a ajuda chegou com a princesa Rhaenys, a Rainha que Nunca Foi (prima de Viserys I), montada em seu dragão, Meleys, a "Rainha Vermelha". Ela contava com cinquenta e cinco anos de idade.


A princesa Rhaenys sobre Meleys, atacando rei Aegon II no Sunfyre

        Sor Criston Cole também saiu em combate contra Rhaenys, levando seus dragões. O próprio Aegon pousou no campo com seu dragão "Sunfyre" e seu irmão Aemmond, Um Olho, montado em Vhagar.
Rhaenys lutou bravamente, mas morreu.              
Só Vhagar e Aemmond sairam ilesos; Sunfyre ficou aleijado e o rei Aegon II quase não sobreviveu, tamanha as queimaduras em seu corpo e partes quebradas.
        O corpo de Rhaenys  e seu dragão foram encontrados queimados e quase irreconhecíveis.
Aegon passou em isolamento por um ano, para curar seus ferimentos, mas a guerra continuava.
Aegon perdia para sua irmã em número de dragões. Ele tinha quatro e ela oito e alguns que ainda precisavam serem domados, o que fez o príncipe Jaehaerys anunciar que qualquer pessoa que conseguisse montá-los, ganharia título de nobreza  e terras.
Entre os proponentes, estava Addam de Hull, um jovem corajoso e nobre, cuja mãe, Marilda de Hull, o levara juntamente com seu irmão, Alyn.
Marilda revelou que seus filhos eram de Laenor Velaryon, o que ninguém acreditou, porém, Lorde Corlys não questionou e os adotou como parte da Casa Velaryon. 
Todos os dragões tinham nomes. Addam reivindicou o dragão de Laenor, o "Seasmoke". Alyn teve menos sucesso com o "Ladrão de Ovelhas", que lhe deixou marcas pelo corpo. Mais tarde, Ladrão de Ovelhas foi montado por Nettle, que o domou dando-lhe carne  de carneiro diariamente. Nettle teria sido amante de Daemon, o que foi a gota d'água entre ele e Rhaenyra. Ao final da guerra, Nettle e o dragão desapareceram.
O reino inteiro sangrava. As batalhas durante a Dança foram inúmeras e grande parte do reino foi dilacerado.
Muitas tropas foram reunidas por diversos senhores em nome do rei ou rainha que apoiavam, mas se alguém podia dizer ter o comando de todas as forças leais de cada lado era DaemonTargaryen  e o principe Aemond Targaryen, respectivamente. Aemond assumiu o manto de Protetor do Reino e Príncipe Regente depois que Aegon e Sunfyre foram feridos.
Infelizmente para os "verdes", isso provou ser uma infelicidade. Aemond era inexperiente demais e ousado demais para assumir o comando efetivo. Daemom estava em Harrenhal, no controle. Então, Aemond preparou um plano para assaltar e tomar o castelo de seu rival, desnudando Porto Real de defesas. 
      Quando chegou a Harrenhal, encontrou o castelo vazio e ficou eufórico mas logo  ficou sabendo que Daemon liderara Rhaenyra e seus cavaleiros de dragão até Porto Real, e dragões voavam sobre a cidade.  Sor Otto Hightower, Lorde Jasper Wylde (mestre das leis), Lorde Rosby e Stokeworth (que virou casaca contra Rahenyra) foram decapitados. A rainha viúva Alicent foi aprisionada, mas Aegon, o Velho, ainda se recuperando, seus filhos restantes e sua rainha, assim como Lorde Larys Strong, foram retirados do castelo por passagens secretas.
        O reino realmente enlouqueceu durante a Dança dos Dragões, mas foi em Porto Real que a maior parte dos dragões morreram. Porto Real caía sem derramamento de sangue.           Mas depois da Primeira Batalha de Tumbleton, a agitação se espalhou pela cidade. Foi a trezentos quilômetros, Tumbleton fora saqueada pelo jeito mais selvagem. 
Foi o medo dos dragões e a presença deles que fez surgir o Pastor. Não se sabe sua origem, mas ele pregava que a cidade só seria salva se os dragões morressem, e as pessoas ouviram.
No vigésimo segundo dia da quinta lua de 130 d.C., Aemond Um Olho e Daemon Targaryen enfrentaram sua última batalha. Caos e morte tomaram conta de Porto Real.             Todos os dois morreram em batalha.
A rainha Rhaenyra aprisionou Lorde Corly por ajudar seu neto, Addam, a fugir da prisão, quando foi acusado de traição. A rainha Halaena despencou para a morte, empalada nas lanças que cercavam a Fortaleza. E, naquela noite, a cidade queimou, enquanto a multidão do Pastor marchou até o Fosso dos dragões, na tentativa de matar todos os dragões.



O ataque ao Fosso dos Dragões




          O jovem Joffrey Velaryon , príncipe da Pedra do Dragão, despencou para a morte quando voava no dragão de sua mãe, Syrax, até o Fosso para salvar seu próprio dragão, Tyraxes. 
Não se sabe se todos os dragões morreram, mas certamente cinco foram abatidos.
Com a cidade em fúria e em chamas, Rhaenyra fugiu da cidade , viúva novamente.
A guerra finalmente terminou, com a morte de Rhaenyra. Com o seu marido, o prícipe Daemon, morto em batalha, a Casa Velaryon se voltou contra ela. Rhaenyra fugiu sem dinheiro, e foi forçada a vender sua coroa para encontrar passagem para Pedra do Dragão. Mas, quando chegou lá, descobriu que Aegon II, ainda ferido, chegara antes dela. 
        O rei Aegon encontrou muitos em Pedra do Dragão que tinham queixas contra Rahenyra,  pela perda de filhos, maridos e irmãos na guerra. Assim, apoiaram Aegon II, menos a filha de Daemon, Baela Targaryen, de quatorze anos e seu dragão Moondancer.
        Baela escapou quando os guardas tentaram capturá-la. E quando Aegon II tentou pousar com seu dragão, Sunfyre, no pátio do castelo, Baela e seu dragão estavam lá.
Moondancer era menor, mas mais ágil que Sunfyre, e nem à garota e nem ao seu dragão faltava coragem. Moondance atacou violentamente Sunfyre, agarrando-o, virando-o, empurrando-o e rasgando-o, até que, por fim, uma expulsão de chama cegou o animal. Emaranhados, os dois dragões caíram , e seus cavaleiros também. Aegon II saltou antes das costas de Sunfyre, ficando com as pernas em pedaços. Baela permaneceu com Moondance até o amargo fim, tombando machucada e inconsciente. Foi salva por Sor Marston Waters qua a carregou até o meistre, salvando sua vida.
Aegon II, rancoroso com sua irmã, e enraivecido devido às pernas destroçadas, deu Rhaenyra ao seu dragão Sunfyre (mesmo muito machucado e veio a morrer em seguida), diante de seu filho sobrevivente, Aegon, o Jovem. Assim, faleceu a Alegria do Reino, no ano de 130 d.C. Foi comida viva pelo dragão.



Rainha Rhaenyra encara sua morte



           Mesmo ganhando essa batalha, o rei Aegon II ainda tinha muitos inimigos. Foi encontrado morto, provavelmente envenenado. Por fim, a Dança dos Dragões estava encerrada.
Agora, o que esperava o reino era a Falsa Aurora, a Hora do Lobo, o governo dos regentes e Rei Quebrado.



Os Reis Targaryen - Viserys I





                                                                 VISERYS I


Rei Viserys I, no Trono de Ferro


        Filho de Alyssa e Baelon Targaryen, neto de Jaehaerys, herdou um trono seguro, um tesouro cheio, e um legado de afeição por mais de cinquenta anos cultivado pelo seu avô.
A Casa Targaryen nunca mais seria tão poderosa quanto no reinado de Viserys I.       Existiam muitos Príncipes e Princesas filhos do dragão. E muitos dragões também.
Mas a grande revolta da Dança dos Dragões teve suas raízes no reinado de Viserys, e se deveu principalmente à realeza de sangue. O primeiro aborrecimento  foi justamente com seu irmão Daemon, que era ousado, perigoso e se ofendia rapidamente.
Daemon foi ordenado a Cavaleiro aos dezesseis anos e presenteado pelo próprio Jaehaerys com a espada valiriana "Irmã Negra". Daemon apoiou Viserys diante do Grande Conselho de 101 d.C.
Haviam rumores que  Corlys Velaryon ainda defendia os direitos do trono ao seu filho Laenor.
Daemon casou com Rhea Royce em 97 d.C, herdeira da antiga Casa de Pedrarruna, no Vale. Daemon achou o Vale tedioso, sua esposa feia e o casamento estéril. Chegou a suplicar ao rei que fosse anulada tal união, mas Viserys não o fez, e o chamou de volta ao reino.
Daemon serviu  como mestre da moeda, depois como mestre das leis, mas seu principal rivaal, o Mão, Sor Otto Hightower, convenceu o rei a tirá-lo dessas funções. Então, em 104 d.C., Viserys nomeou Daemon comandante da Patrulha da Cidade, chamada de "Mantos Dourados".
Daemon era chamado pelo povo como Príncipe da Cidade e foi nos bordéis de Porto Real que ele conheceu uma amante, Mysaria, também conhecida como Miséria, o Verme Branco.

Daemon Targaryen, o Príncipe da Cidade e o "Manto Dourado"



        Alguns dizem que Daemon apoiou Viserys diante do Grande Conselho, acreditando que seria seu herdeiro. Mas Viserys já tinha um herdeiro, ou melhor, herdeira, sua filha única Rhaenyra, com a prima, rainha Aemma da Casa Arryn. Rhaenyra nasceu em 97 d.C.
Ela ia por todo o lugar com o pai, sendo apelidada pela corte de "Alegria do Reino".  Era precoce, montava em dragão desde oe sete anos de idade. Em 105 d.C., sua mãe morreu ao dar à luz ao filho Baelon, mas que sobreviveu apenas um dia.
Contrariando a decisão do Grande Conselho em relação à sucessão, Viserys declarou oficialmente que Rhaenya era a Princesa da Pedra do Dragão e sua herdeira. Organizou uma cerimônia e muitos prestaram homenagem à princesa, mas Daemon não estava entre os presentes.
Esse mesmo ano, 105 d.C. também teve um acontecimento digno de nota: a chegada de Sor Criston Cole à Guarda Real. Nascido em 82 d.C., filho de um intendente a serviço dos Dondarrion de Portonegro, Criston chamou a atenção da corte no torneio de Lagoa da Donzela para celebrar a ascensão de Viserys ao trono. Bonito, moreno, olhos verdes, caiu nas graças da Princesa Rhaenyra.
Outra situação complicada foi o anúncio do rei de que queria casar de novo. Viserys resolveu casar com a filha do Mão, Senhora Alicent Hightower, desgostando um pouco Daemon.
E em Derivamarca, Lorde Corlys e a princesa Rhaenys viam a filha Laena ser rejeitada pelo rei, uma vez que era costume dos Targaryen se casarem entre eles, primos, irmãos.
Essa decisão do rei incentivou a aproximação de Daemon com Corlys Velaryon, o Serpente do Mar, para uma causa comum : seu próprio reino.
As depredações do Reino das Três Filhas ou Triarquia, como às vezes era chamado, formado pela cidades Lys, Myr e Tyrosh, chamou a atenção.
Em 107 d.C., Alicent deu a Viserys o filho homem, o menino Aegon. Logo depois vieram Halaena (futura esposa de Aegon) e Aemond. Apesar do sogro, o Mão, Sor Otto Hightower, estar de olho na sucessão do trono a favor do neto Aegon, Viserys já teria decidido há tempo por Rhaenyra e ponto final. Isso fez com que Sor Otto  fosse substituído por Lorde Lyonel Strong, se tornando a nova Mão.
Também trouxe um "clima" entre as mulheres. Em um torneio, em 111 d.C, Alicent vestia cor verde, Rhaenyra não deixou dúvida alguma de sua herança ao usar negro bordado de vermelho, cores do estandarte da Casa Targaryen. 


Princesa Rhaenyra, A Alegria do Reino


         Esse torneio também trouxe Daemon Targaryen, titulado Rei do Mar Estreito, de suas guerras. Ele usava uma coroa quando "Caraxes" pousou, e ele se ajoelhou diante do irmão e ofereceu a coroa como símbolo de lealdade. Viserys ergueu Daemon, devolveu sua coroa e o beijou na face, pois ele gostava do irmão de verdade.


Daemon Targaryen oferece sua coroa a Viserys I



       Mas Daemon seria exilado outra vez. Os motivos variam desde uma briga entre irmãos (Viserys e Daemon), ou influência de Alicent (incentivada pelo seu pai Otto) ou ainda, parece que  Daemon foi pego na cama de Rhaenyra. Ele chegou a pedir a mão de Rhaenyra, desde que o rei anulasse aquele seu casamento com a Senhora Rhea. Viserys recusou, banindo-o dos Sete Reinos.
Em 112 d.C., Sor Harrold Westerling morreu e Sor Criston Cole se tornou Senhor Comandante da Guarda Real. Em 113 d.C., Rhaenyra atingiu a maior idade.
Ela teve muitos pretendente: Sor Harwin Strong, o Quebraossos, de Harrenhal; os gêmeos Sor Jason e Sor Tyland Lannister; Lorde Blackwood; Lorde Bracken. Havia até um murmúrio de casá-la com o Principe de Dorne, para unir os reinos. A rainha Alicent sugeria seu filho e meio irmão de Rhaenyra, Aegon, bem mais jovem.
Enfim, o escolhido foi, surpreendentemente,  Laenor Velaryon, para acabar com a rusga desde o Grande Conselho. Além do mais, Laenor tinha sangue de dragão por ambos os lados (pai e mãe). Só havia um problema. Parece que preferia andar com cavaleiros da mesma idade e dizem que nunca se deitara com uma mulher.
Era um casamento estranho, cada um morando num lugar. Ela, na Pedra do Dragão, e ele, em Derivamarca.
O casal era loiro, de nariz retilíneo, olhos púrpuros típicos tanto dos Targaryen quanto dos Velaryon, pois ambos eram descendentes de Valíria. 
Então por que Jacaeyrs, o primogênito, tinha cabelos e olhos castanhos e nariz achatado? Rhaenyra teve mais dois filhos - Lucerys (chamado de Luke) e Joffrey. Aguns diziam que eram filhos do Quebraossos
Ignorando as suspeitas, Viserys os presenteou com ovos de dragão que foram colocados nos berços, respectivamente, e eclodiram,  produzindo os dragões Vermax, Arrax e Tyraxes.   
Quatro tragédias fizeram o ano de 120 d.C fosse lembrado como o Ano da Primavera Vermelha. A primeira tragédia foi a morte de Laena Velaryon, irmã de Laenor. Ela casara-se com Daemon após a morte  de sua esposa Rhea. Teve duas filhas com Daemon, as gêmeas Baela e Rhaena. Mas foram os pais dela que tiveram mais um golpe. Laenor fora assassinado numa feira no mercado de Vila Condimento. Dizem que foi seu "companheiro", Sor Qarl Correy, devido Laenor querer um novo favorito. Sor Correy fugiu.
A terceira tragédia se deu pela disputa do dragão de Laena, "Vhagar".
Aemond Targaryen, filho de Alicent, e sem dragão, reivindicou o dragão mas os filhos de Rhaenyra entraram na briga. Aemond zombou deles os chamando de "Strong". Empurrões e socos seguiram até que Luke enfiou uma faca no olho de Aemond, que ficou conhecido como Aemond, Um Olho, conseguindo ficar com o dragão.
Viserys tentou promover a paz declarando que qualquer um que duvidasse da paternidade dos filhos de Raenyra, teria a língua cortada. E ordenou que Alicent e seus filhos fossem para Porto Real, enquanto Rhaenyra e os filhos permaneciam em Pedra do Dragão.
Sor Errik Cargyll ficou em Pedra do Dragão, como escudeiro de Rhaenyra, no lugar de Sor Harwin Strong, que voltou para Harrenhal.
E a última tragédia foi o incêndio de Harrenhal causando a morte de Lorde Lyonel e seu filho Sor Harwin.
Viserys, sem o Mão, e Rhaenyra sem marido e sem amante. A pedido de Alicent, Sor Otto voltou a ser o Mão do rei. 
Rhaenyra casou novamente, com seu tio Daemon e lhe deu um filho, Aegon, devido ao Conquistador, o que irritou Alicent, pois seu primogênito também se chamava Aegon. Então os dois Aegon ficaram conhecidos como Aegon, o Velho e Aegon, o Jovem.
Depois, Rhaenyra e Daemon tiveram mais um filho, Viserys, em homenagem ao Rei. Isso em 122 d.C . Mas seu ovo não eclodiu.
Passado um tempo, Aegon o Velho casou com sua irmã Helaena, que teve dois filhos gêmeos, Jaehaerys e Jaehaera, esta, um  tanto estranha, lenta, nunca chorava ou sorria. Em 127 d.C veio mais um filho, Maelor.
Viserys I, se machucou no Trono de Ferro, um ano depois do nascimento de Maelor. Por um ano, ele foi piorando, tendo muita febre, até que, em 129 d.C., Viserys morreu em sua cama, contando história aos seus netos sobre mamutes, gigantes e os reis e selvagens para além da Muralha.

















segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Os Reis Targaryen - Jaehaerys I, o Conciliador




                                                     JAEHAERYS I


          Subiu ao trono  em 48 d.C, época em que o reino fora dilacerado pela ambição dos senhores rebeldes, pela fúria do Alto Septão e pela crueldade de seu tio Maegor I.
               Coroado aos quatorze anos pelo Alto Septão com a coroa de seu pai, Jaehaerys começou o reinado sob regência de sua mãe , a rainha viúva Alyssa, e orientação de Lorde Robar da Casa Baratheon, Senhor Protetor do Reino e Mão do Rei naqueles primeiros anos. Ao completar maior idade, casou-se com sua irmã Alysanne e tiveram muitos filhos.
                Embora jovem para o trono, revelou-se um verdadeiro rei. Era um belo guerreiro, habilidoso com a lança e o arco, e um cavaleiro dotado. Também montava em dragões, voando em "Vermithor", um grande animal bronze e marrom, sendo o maior dos dragões vivos depois de Balerion e Vhagar.
                Sua rainha, Alysanne, também era amada por todo o reino, e era bonita e destemida, encantadora e inteligente. Alguns dizem que ela governava o reino tanto quanto o rei. Foi por sua ordem que o rei Jaehaerys finalmente proibiu o direito da "Primeira Noite", apesar de muitos senhores manterem zelosamente em segredo. A Patrulha da Noite chegou a renomear o castelo Portão da Neve para Portão da Rainha.
                Por quarenta e seis anos , o Velho Rei e a Boa Rainha estiveram casados, e, na maior parte do tempo, foi um casamento feliz, com muitos filhos e netos.  Se  Alysanne era o grande amor de Jaehaerys, seu maior amigo era o Septão Barth, que era humilde de nascência, sincero e brilhante. Era filho de um ferreiro do povo, e fora dado à Fé ainda jovem.  Mas sua genialidade o fez conhecido, indo trabalhar na biblioteca da Fortaleza Vermelha. Ali,  Jaehaerys o conheceu, e logo o nomeou Mão do Rei, causando até algum desgosto e desconfiança a outros mais nobres. Se seu avô deixara que as leis dos Sete Reinos ficassem a cada um, conforme seu costume, Jaehaerys criou um código único.
                Realizou grandes obras em Porto Real como fossas, esgotos e poços visando à saúde da cidade. Construiu estradas para ligar Porto Real à Campina. às terras fluviais, às terras ocidentais e até o Norte, com intensão de unir mais o reino.
                Mesmo assim, o melhor de tudo, para o bem do povo, foi a reconciliação com a Fé.
Enviou o Septão Barth para Vilavelha para falar com o Alto Septão, levando a mensagem do rei,  do juramento do Trono de Ferro como protetor da Fé. Enfim, um problema resolvido.
               Para comemorar seu 50º ano de reinado foi organizado um grande torneio em Porto Real, em 98 d.C, para a felicidade da rainha, pois todos seus filhos, netos e bisnetos vivos, voltaram para participar dos banquetes e celebrações. Desde a Perdição de Valíria que tantos dragões  não eram vistos num mesmo lugar, ao mesmo tempo.



O grande torneio em 98 d.C



                Porém havia mais um problema, se não o maior. Havia muitos  Targaryen e possíveis sucessores, uma vez que Jaehaerys, apesar de ter muitos filhos, não teve muita sorte:
- Seu filho, o Príncipe Aemon, foi morto em batalha  contra piratas de Myr que tinham tomado o lado oriental de Tarth.
- Seu filho, o Príncipe Baelon, o Bravo, substituiu o Septão Barth, que veio a falecer em 99 d.C. Baelon serviu ao rei de modo admirável, mas enquanto caçava, em 101 d.C., o príncipe Baelon reclamou de uma dor e veio a falecer de ventre estourado.
- Seu filho Vaegon, chamado de "Sem Dragão" foi mandado para a Cidadela, em tenra idade, e conquistou o anel, o bastão e a máscara de ouro amarelo se tornando Arquimeistre Vaegon.
- Sua filha, a Princesa Daella casou com Lorde Rodrik Arryn em 80 d.C. e morreu no parto após dar à luz a sua filha Aemma.
- Sua filha, a Princesa Alyssa, era esposa de seu irmão Baelon, o Bravo; seus dois filhos, netos de Jaehaerys, usariam a coroa do reino mais tarde.
- Sua filha, a Princesa Viserra, estava comprometida a Lorde Manderly de Porto Branco, só que morreu em um acidente pouco depois. Caiu de um cavalo enquanto corria bêbada pelas ruas de Porto Real.
- Sua filha Maegelle tinha aptidão para septã, dada à Fé. Ela cuidava de crianças que sofriam de escamagris, mas acabou morrendo da mesma doença, em 96 d.C., como Septã Maegelle.
- Sua filha, a Princesa Saera, mesmo sendo dada à Fé, não tinha a mesma aptidão como sua irmã Maegelle. Fugiu da Casa da Mãe, onde era noviça, e cruzou o mar estreito. Esteve em Lys por um tempo, depois seguiu para a Vila Volantis, onde terminou seus dias como proprietária de uma famosa casa de prazer. 
- Sua filha, a Princesa Gael, foi a filha mais amada da rainha. Doce e simplória, desapareceu da corte em 99 d.C., supostamente morrendo de febre de verão, mas, na verdade, ela se afogou no Água Negra, depois de ter sido seduzida e abandonada por um cantor viajante  que lhe engravidou. Dizem que a Rainha Alysanne morreu de desgosto, após um ano da morte da filha.



O Rei Jaehaerys I e a Boa Rainha Alysanne com o filho Aemon

               Portanto, Jaehaerys não tinha sucessor,  e para resolver o assunto de seu herdeiro, convocou o primeiro Grande Conselho, no ano de 101 d.C, para colocar a questão aos senhores do reino. Como vieram tantos senhores de todos os cantos do reino, o encontro foi no castelo de Harrenhal que conseguiria abrigar tantos senhores, cavaleiros, escudeiros, cavalariços e criados, seguidos por lavadeiras, arrumadeiras, falcoeiros e carreteiros.
              Nesse conselho, nove requerentes foram ouvidos e indeferidos, restando apenas dois principais candidatos ao trono: Laenor Velaryon, filho da princesa Rhaenys, filha mais velha de Aemon, casada com Lorde Corly Velaryon e neta de Jaehaerys, e o Príncipe Viserys, filho mais velho de Baelon, o Bravo, com Alyssa, e  neto de Jaehaerys.


Grande Conselho de 101 d.C

       
              Apesar de Laenor Velaryon ser filho de Lorde Corly Velaryon, a Serpente do Mar, o homem mais rico dos Sete Reinos, cuja Casa Velaryon era a mais antiga e descendia de Valíria, e que veio para Westeros antes dos Targaryen; e tendo apoio de Boremund Baratheon, Lorde Ellard Stark, Lorde Blackwood, Lorde Bar Emmon  e Lorde Celtigard , o Grande Conselho votou a favor de Viserys. Dizem que, mesmo não sendo divulgado os números dos votos, há rumores que tenha sido de vinte a um a favor de Viserys.
              O rei, ausente nas deliberações finais, nomeou Viserys, Príncipe da Pedra do Dragão.
             O Conselho também deliberou que o Trono de Ferro não podia passar por uma mulher.
             O Rei Jaehaerys , o Primeiro de Seu Nome, conhecido como o Conciliador e o Velho Rei (sendo o único Targaryen que viveu até idade avançada), morreu  em seu leito em 103 d.C., em paz, aos sessenta e nove anos de idade e cinquenta e cinco de governo sábio. Westeros ficou de luto, e afirma-se que até Dorne também se entristeceu.

As Esposas de Maegor, o Cruel





              
 De cima para baixo: Ceryse Hightower, Tyanna da Torre, Alys Harroway
          

               Ceryse da Casa Hightower        

          Ceryse era filha de Martyn  Hightower, Senhor da Vilavelha. Foi oferecida em casamento pelo seu tio, o Alto Septão, depois que ele protestou pelo noivado do príncipe Maegor, então com treze anos, com a sobrinha recém nascida, a princesa Rhaena. Ceryse e Maegor se casaram em 25 d.C. O príncipe afirmou ter consumado o casamento por uma dúzia de vezes na noite de núpcias, mas nenhum filho veio. Ele logo se cansou do fracasso de Ceryse em gerar um herdeiro e começou a tomar outras esposas. Ceryse morreu em 45 d.C, tomada por uma doença súbita, embora existam rumores que tenha sido morta por ordem do rei.


                                            Tyanna da Torre

         
            Tyanna da Torre foi a mais temida das esposas do rei Maegor. Os boatos diziam que era a filha ilegítima de um magister pentoshi (de Pentos). Foi uma dançarina de taverna que ascendeu e se tornou cortesã. Dizem que praticava feitiçaria e alquimia. Casou´se com o rei em 42 d.C, mas o leito nupcial deles foi tão estéril quanto os demais. Chamada de corvo do rei por alguns, Tyanna era temida pela habilidade em desmascarar segredos, e serviu como mestre dos sussurros. Finalmente confessou sua responsabilidade pelas abominações que nasceram da semente de Maegor, afirmando que envenenara as outras esposas. Foi morta pela própria mão do rei Maegor, em 48 d.C, seu coração foi arrancado com a Blackfire e jogado aos cães.



                                           Alys da Casa Harroway

        

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              Alys era filha de Lucas Harroway, o novo Senhor de Harrenhal. Um casamento secreto aconteceu em 39 d.C enquanto Maegor era Mão, o que levou ao exílio de Maegor para Pentos. Alys se tornou rainha depois que Maegor a trouxe de Pentos.  Ficou grávida do rei, no ano de 48 d.C, mas perdeu o bebe logo depois de nascido. O que foi expelido de seu útero era uma monstruosidade, sem olhos, retorcido. Em fúria, Maegor culpou e executou as parteiras, septãs e o Grande Meistre  Desmond. Mas Tyanna da Torre, antes de morrer, convenceu o rei de que a criança era produto de casos secretos de Alys, levando à morte da rainha. de suas acompanhantes, seu pai e Mão do Rei, Lorde Lucas, e cada Harroway ou parente de Harroway que o rei Maegor conseguiu descobrir entre Porto Real e Harrenhal. Lorde Edwell Celtigar foi nomeado Mão depois disso. E quem imaginaria que Tyanna teria o mesmo fim!



                                               As Noivas Negras
          Em 47 d.C, Maegor tomou três mulheres como esposas em uma única cerimônia - todas mulheres de fertilidade comprovada, e todas viúvas que perderam os maridos nas guerras de Maegor ou sob comando. Eram:








De cima para baixo: Elynor Costayne, Jeyne Westwerling e Rhaena Targaryen                                  



                                      Elynor Costayne


          Elinor  era a mais jovem das Noivas Negras, mas, embora tivesse dezenove anos quando se casou com o rei, já dera três filhos ao primeiro marido, Sor Theo Bolling. Sor Theo foi preso pelos cavaleiros da Guarda Real acusado de conspirar com a rainha Alyssa (viúva de Aenys) para colocar seu filho, o príncipe Jaehaerys, no trono, e foi executado - tudo no mesmo dia. Depois de sete dias de luto, Elinor foi convocada para casar com Maegor. A moça ficou grávida e, como Alys, deu à luz a uma abominação. Dizem que o bebe nasceu sem olhos e com pequenas asas. Ela sobreviveu ao trabalho de parto monstruoso e também ao rei.



                                                Jeyne da Casa Westerling



             Alta e esguia, a Senhora Jeyne fora casada com Lorde Alyn Tarbeck, que morreu com os rebeldes na Batalha sob o Olho de Deus. Por ter dado um filho a ele postumamente, sua fecundidade era comprovada, e ela estava sendo cortejada
 pelo filho do Senhor do Rochedo Casterly quando o rei mandou buscá-la. Em 47 d.C, ela ficou grávida, mas o trabalho de parto começou três luas antes da data prevista para o nascimento, e de seu útero saiu outro monstro. Ela não sobreviveu à criança por muito tempo.







                                             Rhaena da Casa Targaryen





            Quando o príncipe Aegon foi morto por Maegor na Batalha sob o Olho de Deus, Rhaena se refugiou na Ilha Bela, sob proteção de Lorde Ferman, que a escondeu, juntamente com suas filhas gêmeas, mas foi obrigada a se casar com Maegor, que nomeou a filha dela, Aerea, sua herdeira, ao mesmo tempo em que deserdou o filho sobrevivente da rainha Alyssa, Jaehaerys. Juntamente com Elinor, Rhaena foi mais uma rainha a sobreviver à ira de Maegor e também não lhe deu filhos.