segunda-feira, 20 de abril de 2015

As Terras Fluviais - Correrrio - Os Senhores de Harrenhal





                                                                                                                  Correrrio


                       


Castelo de Correrrio





                   A sede da Casa Tully é pequena quando comparada aos grandes castelos fortificados de outras casas. Mesmo assim, Correrrio é robusto e bem construído, e sua posição na confluência de dois rios, cercado por águas profundas em ambos os lados, torna extremamente difícil de atacá-lo.
            A chave para a força do castelo é o fosso cavado entre suas muralhas ocidentais onde estão os portões principais. Muitos castelos dos Sete Reinos têm  fossos, mas poucos foram feitos com complicadas comportas que permitem que sejam alagados se necessário.
            Com o fosso completamente inundado, Correrrio se torna uma ilha completamente invulnerável ao ataque.



                             Senhores de Harrenhal




O Grande Castelo de Harrenhal




            Lorde Gargon, segundo e último Qoherys, Senhor de Harrenhal, era neto de Lorde Quenton. Era notório por seu apetite por mulheres e tornou-se conhecido como o Convidado, pelo costume de participar de todos os casamentos em seus domínios, para que pudesse tirar proveito do direito do senhor à primeira noite. (vimos isso em Coração Valente).
           Não é surpresa que o pai de uma donzela que Lorde Gargon deflorou, tenha aberto um portão para Harren, o Vermelho, e seu bando de foras da lei, ou que Gargon tenha sido castrado antes de morrer. Harrenhal mereceria a reputação de amaldiçoada nos anos que se seguiram, pois várias das casas que governaram o castelo tiveram finais infelizes.

CASA HARROWAY - Tornados senhores de Harrenhal no reinado de Aenys I, após a morte de Gargon Qoherys, Lorde Lucas Harroway viu sua filha Alys se casar com Maegor. Ela se tornou uma das rainhas de Maegor, e ele se tornou Mão, até que Maegor, o Cruel, o matou assim como toda a sua linhagem.

CASA TOWERS       - Depois de destruir a Casa Harroway, o rei Maegor decretou que o mais forte de seus cavaleiros teria o castelo, embora não todas as suas terras. Vinte e três cavaleiros que lhe serviam lutaram nas ruas encharcadas de sangue da Vila de Lorde Harroway pelo prêmio. Sor Walton Towers foi o     vitorioso e garantiu o castelo, embora morresse  logo depois por causa dos ferimentos. Sua linhagem desapareceu duas gerações mais tarde, quando o último  Lorde Towers morreu sem deixar herdeiros.

CASA STRONG       - Lyonel Strong, famoso como guerreiro, mas também homem de grandes dotes naturais que ganhara seis elos de sua corrente na Cidadela, recebeu a senhoria no reinado de Jaehaerys I. Serviu como mestre das leis e, depois, como Mão de Viserys I, enquanto seus filhos ficaram profundamente envolvidos  na corte. Ele e seu herdeiro, Sor Harwyn, foram mortos pelo incêndio que eclodiu em Harrenhal, deixando o filho mais jovem, Larys Strong, como Senhor de Harrenhal. Larys sobreviveu à Dança dos Dragões, mas não ao julgamento do Lobo.

CASA LOTHSTON - Sor Lucas Lothston - mestre de armas da Fortaleza Vermelha - recebeu o castelo como presente do rei Aegon III em 151 d.C. Recém casado com a Senhora Falena Stokeworth, após o escândalo  do relacionamento dela com o príncipe Aegon, futuro Aegon, o Indigno, Lothston logo partiu da corte com a esposa. Voltou a Porto Real já  no reinado de Aegon, servindo como Mão por menos de um ano, antes que o rei, mais uma vez, o banisse da corte juntamente com a esposa e filha. Sua linhagem foi encerrada na loucura e no caos, quando a Senhora Danelle Lothston se voltou para as artes negras, durante o reinado de Maekar I.

CASA WHENT     -  Cavaleiros a serviço dos Lothston, os Whent receberam Harrenhal como recompensa por derrubarem os Lothston. Mantém a sede até hoje, mas a tragédia marcou a história da Casa.

          Foi durante os primeiros dias da Dança que o príncipe Daemon Targaryen liderou as forças da rainha Rhaenyra em uma vitória sangrenta em Harrenhal, tomando o castelo e tornando-o um ponto de encontro para os apoiadores dela. Existiam muitos apoiadores nas terras fluviais, que se levantaram aos milhares  e se juntaram ao exército do príncipe em nome de Rhaenyra. Os Frey não eram uma casa antiga. Tinham se tornado proeminentes há seiscentos anos, e sua linhagem era originária de senhores de menor importância que ergueram uma frágil ponte de madeira na parte mais estreita do Ramo Verde. Mas, conforme sua riqueza e influência aumentavam, o mesmo acontecia com Travessia. E logo o castelo passou de uma única torre na margem da ponte para duas torres que margeavam ambos os lados do rio entre elas.                   Essas duas fortalezas, agora chamadas Gêmeas, estão entre as mais fortificadas do reino.
Lorde Forrest Frey lutou bravamente pela rainha que amara até Comida do Peixe, onde se tornou um dos vários senhores e cavaleiros mortos na batalha mais sangrenta da guerra. Sua viúva, a Senhora Sabitha da Casa Vypren, provou ser temível por sua coragem e notória  por sua falta de misericórdia. Dizem que ela era uma  "megera de feições acentuadas e língua afiada da Casa Vypren, que preferia cavalgar a dançar, usava cota de malha em vez de seda e gostava de matar homens e beijar mulheres".



Lorde Forrest Frey

sexta-feira, 10 de abril de 2015

As Terras Fluviais - Casa Tully







                                                      


                           Casa Tully



            Os Tully do Correrrio nunca foram reis, apesar de livros de genealogia mostrarem um grande número de conexões com dinastias do passado.
Pessoas com nome Tully aparecem em muitas crônicas e  anais do Tridente, ainda nos dias dos Primeiros Homens, quando o primeiro Edmure Tully e seus filhos, lutaram ao lado de Martelo da Justiça, Tristifer IV Mudd. Após a morte do rei, Sor Edmure foi até mais poderoso que o conquistador ândalo, Armistead Vance.
Foi dele que o filho de Edmure, Axel, recebeu uma doação de terras na confluência do Ramo Vermelho com seu afluente de águas rápidas, o Pedregoso.
Ali, Lorde Axel estabeleceu sua sede, em um castelo  que chamou de Correrrio. Localizado onde estava, Correrrio logo provou ter grande valor estratégico. Axel e seus descendentes ficaram ricos e poderosos e, com o tempo, se tornaram o baluarte de muitos reis do rio, pois defendiam as marcas ocidentais do Tridente contra o Reinado do Rochedo.
Os Tully estavam entre os senhores mais importantes das terras fluviais na época em que os Reis da Tempestade venceram a batalha final contra o último Rei dos Rios e das Colinas.
Muitas casas nobres se renderam ao Rei da Tempestade assim que os Teague foram despostos, e os Tully estavam entre eles.
Correrrio resistiu aos reinados dos Reis da Tempestade e sobrevive à subsequente conquista dos nascidos no ferro, em grande parte intacto.
Quando Aegon, o Conquistador, marchou sobre Harrenhal, os Tully do Correrrio eram os  mais poderosos entre os senhores do rio que restavam.
Quarenta anos de governo de Harren, o Negro, trouxeram penúria e morte aos milhares, não conquistando nenhum amor do povo das terras fluviais.
Consequentemente, com a chegada de Aegon I, senhores grandes e pequenos se reuniram sob seu estandarte para derrubar o rei cruel, e, entre eles, estava Edmyn Tully.
Com a linhagem de Harren, o Negro, encerrada, Aegon I deu o governo das terras fluviais para Lorde Edmyn. Alguns queriam que Lorde Tully também controlasse as Ilhas de Ferro, mas isso não aconteceu. Chegou a ser a Mão do Rei, em 7 d.C., por dois anos, mas renunciou ao cargo e voltou para Correrrio e sua família.
Nos anos seguintes, homens da Casa Tully desempenhariam papéis importantes em vários dos principais acontecimentos dos primeiros governos dos Targaryen.
     Quando o rei Aenys I se hospedou em Correrrio, e Harren, o Vermelho, assassinou Gargon, o Convidado, foi para os Tully e seus vassalos que Sua Graça recorreu para tirar Harrenhal do rei fora da lei.
Em anos posteriores, os Tully - juntamente com os Harroway, que na época governavam Harrenhal - integraram o exército que cercou e derrotou o príncipe Aegon (filho de Aenys I) e seu dragão Quicksilver, na guerra contra o tio, Maegor, o Cruel.



A morte do príncipe Aegon e seu dragão Quicksilver




        Quando os inimigos do rei Maegor se levantaram, os Tully se reuniram ao estandarte do príncipe Jaehaerys Targaryen, irmão do falecido príncipe  Aegon, no final do cruel reinado do tio.
Nos anos que se seguiram, os Tully continuaram a deixar sua marca na história.
Lorde Grover Tully apoiou o príncipe Viserys Targaryen em vez de Laenor Velaryon como sucessor de Jaehaerys I no Grande Conselho de 101 d.C.
Quando a Dança dos Dragões irrompeu em 129 d.C., o velho senhor provou ser  leal a seus princípios e ao rei Aegon II, mas estava idoso e acamado, então seu neto, Sor Elmo Tully, o desafiou e fechou os portões, mantendo os vassalos por perto.

                                 


Sor Elmo Tully


        Sor Elmo lideraria os senhores do rio na Segunda Batalha de Tumbleton ao lado da rainha Rhaenyra, em vez do rei Aegon II.
Sor Elmo se tornaria Senhor do Correrrio com a morte de seu avô, mas morreu em marcha, deixando seu jovem filho, Sor Kermit, para sucedê-lo.
Lorde Kermit levou a Casa Tully ao auge do poder. Lutou incansavelmente pela rainha Rhaenyra e seu filho, príncipe Aegon III. Matou pessoalmente  Lorde Borros Baratheon na final da Dança dos Dragões.
Leal à Casa Targaryen durante todas as Rebeliões Blackfyre, a Casa Tully, por fim, teve as relações cortadas com os reis dragões durante o reinado do Rei Louco, Aerys II Targaryen.
Lorde Hoster Tully se juntou ao Robert Baratheon e ajudou a formar a aliança  que levou Robert ao Trono de Ferro dando a mão de suas filhas, Lysa,  para lorde Jon Arryn no Ninho da Águia e Cat, para lorde Eddard Stark de Winterfell.





terça-feira, 31 de março de 2015

Terras Fluviais - 2ª parte





                                    Terras Fluviais  -  2ª parte




        Em retrospectiva, era só uma questão de tempo para um dos invasores ficar e reivindicar as terras fluviais para si.
O primeiro a fazer isso foi o Rei da Tempestade, Arlam III Durradon. Humfrey da Casa Teague era Rei dos Rios e das Colinas naqueles dias.
Governante piedoso, fundou muitos septos e casas da Mãe e tentou reprimir a adoração aos antigos deuses em seu reino.
Isso fez com que Corvabor se erguesse contra ele, pois os Blackwood nunca aceitaram os Sete. Os Vance de Atranta e os Tully de Correrrio se juntaram a eles em rebelião. O rei Humfrey  e seus partidários, apoiados pelas Espadas e pelas Estrelas da Fé Militante, estavam a ponto de esmagá-los quando Lorde Roderick Blackwood pediu ajuda a Ponta Tempestade.
Eles estavam ligados pelo casamento de Arlam III Durrandon com uma das filhas de Roderick Blackwood, em uma cerimônia de antigos rituais, sob o grande represeiro morto no bosque sagrado de Corvabor.
Convocando seus vassalos, rei Arlam III levou um grande exército através do Água negra, derrotando rei Humfrey e seus partidários.
Rodrick Blackwood e Elston Tully, morreram na batalha, junto com os lordes Bracken, Darry, Smallwood e os dois lordes Vance. Os filhos de Humfrey, Hollis e Tyler pereceram na batalha final, junto com seu tio, irmão de Humfrey, Sor Damon.
A Casa Teague foi completamente extinta, juntamente com o Reino dos Rios e das Colinas.
Assim, o Rei da Tempestade Arlam III decidiu acrescentar as terras fluviais aos seus domínios. E assim, permaneceu por  mais de três séculos.
Mas o domínio de Ponta Tempestade nas terras fluviais foi rompido, não por um rei do rio, mas sim por um conquistador rival de além da terras do Tridente: Harwyn Hoare, chamado Mãodura, rei das Ilhas de Ferro.
Cruzando a Baía dos Homens de Ferro com uma centena de dracares, a força de Harwyn desembarcou.
Um jovem ousado cavaleiro chamado Samwell Rivers, filho ilegítimo de Tommen Tully, Senhor do Correrrio, reuniu um pequeno exército e encontrou o rei Harwyn no Pedregoso, mas suas fileira foram destroçadas quando Mãodura atacou.
  Centenas de homens se afogaram tentando fugir. O próprio Rivers foi cortado ao meio, para que metade de seu corpo pudesse ser entregue ao pai, e a outra, a sua mãe.
Notícias de invasão de Mãodura alcançaram o rei Arrec Durrandon na distante Ponta de Tempestade. Reunindo um grande exército, o Rei da Tempestade correu para o norte ao encontro do inimigo.
Mas muitos senhores do rio se juntaram aos homens de ferro.
Enfrentaram-se em Feirajusta, mas os homens de Arrec estavam muito cansados da longa jornada, sendo varridos pelos inimigos e seus aliados.



O Rei da Tempestade, Arrec inspecionando a batalha em Feirajusta





         Arrec escapou da carnificina mas seus dois irmãos morreram na batalha e o controle de Ponta Tempestade sobre as terras do Tridente chegava ao fim.
Harwyn Mãodura governou as terras fluviais até sua morte e seu filho e seu neto o sucederam, respectivamente, continuando o domínio brutal dos homens de ferro sobre os povos do Tridente.
O neto Harwyn, o rei Harren, o Negro, passou a maior parte de sua vida nas terras fluviais, construindo a gigantesca fortaleza que receberia seu nome (Harrenhal), voltando para as Ilhas de Ferro apenas de vez em quando.
Esse era o estado das coisas quando Aegon, o Conquistador desembarcou e pôs um fim a Harren e à Casa Hoare.
A soberania dos nascidos no ferro sobre as terras fluviais terminaram no holocausto que engoliu Harrenhal.
Aegon I nomeou Edmyn Tully, primeiro dos senhores do rio, a se declarar pelos Targaryen, Senhor Protetor do Tridente, rebaixando os demais senhores do rio a vassalos.
Manteve a realeza consigo, dando início à Saga Targaryen em Westeros.






sexta-feira, 27 de março de 2015

Terras Fluviais





                                           TERRAS FLUVIAIS


   



         Muita história, repleta de glória e tragédia, tem ocorrido nas terras banhadas pelo rio Tridente e seus três  grandes afluentes.
Estendendo-se do Gargalo até  às margens da Água Negra, e a leste até a fronteira do Vale, as terras fluviais são o coração pulsante de Westeros.
Ricas e férteis, as terras fluviais fazem fronteira com todos os reinos dos Sete  Reinos, exceto Dorne.
As águas do Tridente tornam as terras propícias para  colonização, plantações e conquistas, enquanto os três ramos do rio estimulam o comércio e as viagens na época de paz ou guerra, pois servem de estradas e de barreiras.
Seus três afluentes são: o Ramo Vermelho, colorido pela lama e pelo lodo que desce das montanhas ocidentais; o  Ramo Verde, cujas águas cheias de musgo emergem dos pântanos do Gargalo; e o Ramo Azul, chamado assim pela pureza de suas águas cintilantes, alimentadas  pela nascente.
Nunca existiu uma cidade nas terras fluviais, a não ser vilas mercantes.
A história verdadeira das terras fluviais começa com a chegada dos ândalos. Depois de cruzarem o mar estreito e dominarem o Vale, esses conquistadores do leste seguiram em frente para tomar mais terras, navegando com seus dracares pelo Tridente e seus afluentes.
A estrela de sete pontas representando a , estava em todo o lugar em que os ândalos iam.
Em seu ardor pelos Sete, os conquistadores olhavam para os antigos deuses dos Primeiros Homens e dos filhos da floresta como poucos mais que demônios e caíam sobre os bosques de represeiros sagrados com aço e fogo, destruindo as grandes árvores brancas e destroçando os rostos esculpidos.
O penúltimo e maior rei dos rios a se opor aos ândalos foi Tristifer IV da Casa Mudd, o Martelo da Justiça, que governava do castelo Pedravelha, em uma colina nas margens do Ramo Azul.
Antes dos Mudd, dizem que os Fischer foram a primeira e mais antiga linhagem dos reis do rio. Tanto os Blackwood quanto os Bracken afirmam terem  governado as terras fluviais em vários momentos durante a Era dos Heróis.
Os Mudd unificaram muitas terras fluviais do que qualquer outro de seus predecessores, mas seu reinado durou pouco. O Martelo de Justiça foi sucedido por seu filho Tristifer V, o Último, que provou ser incapaz de conter os ândalos e manter o próprio povo unido. 
O próprio rei dos ândalos a colocar as terras fluviais sob seu domínio foi um bastardo nascido de um encontro entre dois antigos inimigos - os Blackwood e os Bracken.
Enquanto menino, chamava-se Benedict Rivers, desprezado por todos, mas cresceu para se tornar Benedict, o Ousado, o maior guerreiro da época, conquistando o apoio de seu pai como de sua mãe e logo outros senhores do rio se dobraram para ele também.
       Como rei, se tornou Benedict, o Justo, que, como gostou muito, deixou o nome bastardo para usar Justman como nome da Casa



Rei Benedict da Casa Justman



            Tão sábio quanto severo, governou por vinte e três anos, estendendo seus domínios até Lagoa da Donzela e Gargalo. Seu filho, outro Benedict, reinou por sessenta anos e acrescentou Valdocaso, Rosby e a foz da Água Negra ao reino do rio.
A Casa Justman governou as terras fluviais por quase três séculos. Sua linhagem foi encerrada quando Qhored Hoare, rei das Ilhas de Ferro, assassinou os filhos do rei Bernarr II enquanto os mantinha cativos em Pyke, e Bernarr não sobreviveu muito tempo  depois disso.
Outro período sangrento se seguiu. O reino que Benedict, o Ousado, tecera, foi dilacerado mais uma vez, e cem anos de conflitos viram reis de menor importância das casas Blackwood, Bracken, Vance, Mallister e Charlton brigarem uns com os outros por supremacia.
Assim como os Primeiros Homens, os reis do rio (ândalos) tiveram vida curta, pois inimigos cercavam seus reinos por todos os lados. Homens de ferro das ilhas atacavam a costa a oeste, enquanto piratas de Degraus e das Três Irmãs faziam o mesmo a leste.
Homens das terras ocidentais desciam as colinas pelo Ramo Vermelho para conquistar, e tribos selvagens vinham das Montanhas da Lua para roubar, saquear e sequestrar as mulheres do local. Do sudoeste, os senhores das Campinas mandavam cavaleiros de ferro atravessar a Água Negra sempre que tinham vontade, e ao sudeste, estavam os domínios dos Reis da Tempestade, ávidos por ouro e glória.
Ainda tinham os próprios traidores das terras fluviais que se juntavam e formavam alianças em combate ao seu próprio rei.



terça-feira, 24 de março de 2015

A Muralha e Além - Os Selvagens





                                             

                                                     Os Selvagens



Nas terras além da Muralha vivem diversos povos - todos descendentes  dos Primeiros Homens - que no sul chamam de "selvagens".
Eles se denominam de Povo Livre, pois acreditam que seus costumes bárbaros lhe garantem uma vida com mais  liberdade do que os ajoelhados do sul. Não se dobram para ninguém, mas vivem de maneira miserável, e não estão livres da fome, dos extremos frios, de guerra bárbara ou das depredações de seus conterrâneos.
Mesmo assim, o orgulho que eles têm  de sua pobreza, de seus machados de pedra e de seus escudos de madeira entrelaçada, de suas peles  infestadas de pulgas, é parte da razão de se manterem afastados das pessoas dos Sete Reinos.









          As tribos do povo livre continuam a venerar os antigos deuses dos Primeiros Homens e dos filhos da floresta, os deuses dos represeiros.
Sabemos de selvagens na Costa Gelada que vivem em cabanas de gelo e andam em trenós puxados por cães. Há meia dúzia de tribos que mora nas cavernas, e rumores de canibais nos trechos superiores dos rios congelados além da Muralha.
Mas poucos patrulheiros penetram além de trezentos quilômetros na floresta assombrada, e, sem dúvida, há mais tipos de selvagens do que podemos imaginar.
Os corsários selvagens perturbam muito o reino em busca de ferro e aço - coisas que eles não têm habilidade de uso. Muitos corsários usam armas de madeira e pedra, mesmo de chifres em alguns casos. Alguns carregam machados e facas de bronze, considerados utensílios valiosos. Entre eles também existe uma liderança real, conhecida como Rei-para-lá-da-Muralha.
Os irmãos Gendel e Gorne foram reis conjuntos há três mil anos. Liderando seus exércitos por baixo da terra, em um labirinto de cavernas retorcidas subterrâneas, eles passaram sob a Muralha, sem serem vistos, para atacar o Norte, domínio da Casa Stark.
Gorne matou o rei Stark em batalha, e depois foi morto pelo herdeiro do rei Stark. Gendel e os selvagens restantes fugiram de volta para as cavernas e nunca mais foram vistos. 
O Lorde Chifrudo veio depois deles, mil anos mais tarde ou mais. Seu nome se perdeu na história, mas dizem que usou feitiçaria para ultrapassar a Muralha.
Depois dele veio Bael, o Bardo, cujas canções ainda são cantadas além da Muralha. Há dúvidas sobre sua existência. O último Rei-para-lá-da-Muralha a cruzar a Muralha foi Raymun Barba Vermelha, que reuniu selvagens em 212 ou 213 d.C.



       











Exército Selvagem reunido na Muralha


         

         Mas foi só em 226 d.C. que eles e os selvagens conseguiram atravessar a Muralha, escalando-a e abrindo caminho para o sul até o Lago Longo.
Porém, lá, Lorde Willan Stark e o Gigante Bêbado, Lorde Harmond da Casa Umber, lançaram seus exércitos contra os bárbaros. Cercados até a morte, Barba Vermelha morreu, mas não antes de matar Lorde Willan.
Quando a Patrulha da Noite apareceu, a luta já tinha terminado e, o irado Artos Stark, irmão de Lorde Willan, encarregou os patrulheiros para enterrar os mortos.
 

segunda-feira, 23 de março de 2015

A Muralha e Além - A Patrulha da Noite





                                      A Muralha e Além



                     A Patrulha da Noite


         A Patrulha da Noite é única nos Sete Reinos. A irmandade juramentada que tem defendido a Muralha ao longo dos séculos e milênios nasceu no rescaldo da Longa Noite, inverno que durou uma geração, e trouxe os "Outros" até o reino dos homens, quase colocando um fim neles.
Os contos ainda falam dos cavaleiros de negro da Muralha e de seu nobre chamado. Mas, a Era dos Heróis acabou , há muito, e os Outros não aparecem há milhares de anos, se é que de fato existiram.
Mas ano após ano, a patrulha diminui de tamanho. O declinio começou ainda antes de Aegon, o Conquistador e suas irmãs. 
Embora os irmãos negros da Patrulha ainda protejam o reino dos homens com a nobreza possível, as ameaças que encaram não vêm mais dos Outros, zumbis, gigantes, videntes verdes, Wargs, troca-peles (Hobbit 2 também é visto) e outros monstros lendários, mas sim, de selvagens bárbaros armados de machados de pedra e clavas; bestiais, com certeza,  mas homens que não são páreos para guerreiros disciplinados.
Se as lendas são verdadeiras ou não, o fato é que existe alguma coisa que fez os Primeiros Homens e os filhos da floresta temerem, a ponto de erguerem a Muralha.
Também dizem as lendas, que os gigantes ajudaram a erguer a Muralha usando sua força descomunal para arrastar os blocos de gelo até o lugar. Essas mesmas lendas também dizem que os filhos da floresta teriam contribuído com sua mágica para a construção.
Agora, mil anos depois, a Muralha tem mais de duzentos metros  em seu ponto mais alto (embora a altura varie consideravelmente ao longo  das centenas de metros de seu comprimento, conforme ela segue os contornos da paisagem).
Sob a sombra dessa parede de gelo, a Patrulha da Noite ergueu dezenove fortalezas -  embora sejam diferentes de qualquer outro castelo  dos Sete Reinos, pois não são cercadas por muralhas nem possuem outras fortificações defensivas para protegê-las, e nem precisa. 
  A maior e mais antiga dessas fortalezas é Fortenoite, que está abandonada nos últimos duzentos anos; conforme a Patrulha encolheu, o tamanho fez de Fortenoite grande demais e custosa demais para ser mantida.
Ao longo dos milhares de anos de sua existência como sede principal da patrulha, Fortenoite tem acumulado muitas lendas. O conto mais antigo diz respeito ao legendário Rei da Noite, décimo terceiro Senhor Comandante da Patrulha da Noite, acusado de ir para a cama com uma feiticeira pálida como um cadáver e se autoproclamar rei. Por treze anos, o Rei da Noite e sua rainha cadáver reinaram juntos, antes que o Rei do Inverno, Brandon, o Transgressor ( em aliança com o Rei-para-lá-da-Muralha, Joramun, segundo contam ) , os derrotasse. E nunca mais se ouviu sobre o Rei da Noite.
A Patrulha da Noite, que bem pode ser chamada de primeira ordem militante dos Sete Reinos, divide os irmãos juramentados em três grupos:
1) - Intendentes, que abastecem a Patrulha com comida, roupas e todas as outras coisas necessárias para que possam guerrear;
2) - Construtores, que cuidam da Muralha e dos castelos;
3) - Patrulheiros, que se aventuram nos confins além da Muralha para guerrear com os selvagens.
O Senhor Comandante é o líder e oficial superior, escolhido por eleição por todos que formam a patrulha, sem exceção. Mas infelizmente a Patrulha está em declínio.
Os  Outros não são mais vistos há mil anos. Os selvagens além da Muralha são o perigo que a Patrulha da Noite enfrenta agora, mas só quando aparece um Rei-para-lá-da-Muralha.
A despesa continua intolerável. Alguns argumentam que a Muralha serve como meio útil de livrar o reino de assassinos, estupradores, ladrões e gente dessa laia, enquanto outros questionam a prudência de colocar armas nas mãos de tais tipos e treiná-los nas artes de guerra.
Por sorte, o fato dos nortenhos honrarem grandemente a Patrulha, é o que  mantém a ordem em funcionamento.

Grande parte da comida que impede que os irmãos negros no Castelo Negro, que é sede do Senhor Comendante,  na Torre Sombria e em Atalaialeste do Mar (são os castelos ativos da Patrulha da Noite) morram de fome não vêm de Dádiva, e sim de doações e presentes anuais dos próprios senhores nortenhos em sinal de apoio.



Castelo Negro e a Muralha




               As fortalezas abandonadas são:

1- Atalaiaoeste da Ponta

2- Bosque das Sentinelas

3- Guardagris

4- Portapedra

5- Colina de Geadalva

6- Marcagelo

7- Fortenoite

8- Lago Profundo

9- Portão da Rainha (que antigamente se chamava Portão da Neve, antes de ser nomeado em homenagem à Boa  Rainha Alysanne )
10- Escudo de Carvalho

11- Atalaiabosque da Lagoa

12- Solar das Trevas

13- Portão da Geada

14- Monte Longo

15- Archotes

16- Guardaverde




Os castelos da Patrulha da Noite 

Norte - Os Senhores de Winterfell - Winterfell








                            Os Senhores de Winterfell



Após a Conquista e a unificação dos Sete Reinos, os Stark se tornaram protetores do Norte em vez de reis, e leais ao Trono de Ferro.
Eram supremos em seus próprios domínios. Em tudo, exceto no nome. Embora Torrhen Stark tenha desistido da antiga coroa dos Reis do Inverno, seus filhos ficaram menos felizes com o jugo Targaryen, fazendo com que alguns Stark gostassem de se rebelar.
Mais tarde ainda, dizem que os Stark ficaram desgostosos com o Velho Rei (rei Jaehaerys I, o Conciliador ) e a Rainha Alysanne por obrigá-los a abrir mão da Nova Dádiva e dá-la à Patrulha da Noite; este, pode ter sido um dos motivos pelos quais Lorde Ellard Stark se aliou a Corlys Velaryon e à princesa Rhaenys no Grande Conselho de 101 d.C.
Comentamos anteriormente o papel da Casa Stark na Dança dos Dragões. Deve-se acrescentar que Lorde Cregan Stark recebeu muitas recompensas por apoiar o rei Aegon III.
Tanto que o filho e herdeiro de Lorde Cregan, Rickon Stark, lutou sob o estandarte Targaryen quando o Jovem Dragão tentou conquistar Dorne. Rickon lutou bravamente como relatou rei Daeron Targaryen
          Rickon Stark veio a falecer no lado de fora de Lançassolar em uma das batalhas finais, e sua morte foi muito lamentada no Norte.
Quando a linhagem Stark foi praticamente destruída pelo Rei Louco (rei Aerys II Targaryen) após sequestro de Lyanna Stark por Rhaegar Targaryen, alguns homens equivocados colocaram a culpa nas costas de Lorde Rickard, cujas alianças por sangue  e amizade unissem  as grandes casas e agissem contra o Rei Louco.





                                        Winterfell



 Winterfell, com a cidade do inverno do lado de fora de suas muralhas




        O maior castelo no Norte é Winterfell, sede dos Stark desde a Era da Aurora. Diz a lenda que Brandon, o Construtor, ergueu Winterfell após o longo inverno, a Longa Noite, para ser a fortaleza de seus descendentes, os Reis do Inverno.
O castelo em si é peculiar, pois os Stark não nivelaram o solo quando estabeleceram as fundações  e as muralhas do castelo. Isso mostra que o castelo foi construído em partes, ao longo dos anos.           Alguns eruditos suspeitam que o castelo era um complexo de fortes circulares interligados.
As muralhas externas de Winterfell foram erguidas durante as últimas décadas do governo do rei Edrick Barba de Neve, há muitos e muitos anos.
Em anos posteriores, um fosso defensivo foi cavado ao redor dela, e uma segunda muralha foi levantada depois do fosso, dando ao castelo uma defesa formidável.
As muralhas internas têm trinta metros de altura  e as externas,  aproximadamente, vinte e cinco metros de altura.
Dentro das muralhas, o castelo se espalha por vários acres de terra, abrangendo muitos edifícios independentes. O mais antigo deles - uma torre há muito abandonada, redonda e achatada, coberta de gárgulas (tipo calha, escoadouro de água pluvial com ornamentos de figuras) - ficou conhecida como a Primeira Fortaleza. Diferenciava-se das construções dos Primeiros Homens e dos ândalos, porque esses erguiam torres quadradas.
Os três acres de terra eram e são destinados para um antigo Bosque Sagrado onde as lendas afirmam que Brando, o Construtor, rezava para seus deuses. O Bosque Sagrado se beneficia das fontes termais contidas dentro dele, protegendo as árvores do pior frio do inverno.
Em séculos recentes, os Stark ergueram estruturas que fazem uso direto dessas fontes com o propósito de aquecer suas habitações.
Fontes termais como essas que estão sob Winterfell têm mostrado ser aquecidas pelas fornalhas do mundo - o mesmo fogo que forma as Catorze Chamas ou a montanha fumegante de Pedra do Dragão.

domingo, 22 de março de 2015

Norte - Os Clãs das Montanhas - Os Nascidos na Pedra de Skagos- Os Cranogmanos do Gargalo






                                                Os Clãs das Montanhas




     Os Clãs da Montanhas do Norte são famosos pela sua hospitalidade, chegando a disputar quem é o melhor anfitrião.
Localizam-se, em geral, nas regiões montanhosas além da mata de lobos,  nos vales altos e prados ao longo da Baía de Gelo e de certos rios do Norte.
São fiéis aos Stark, apesar de incomodá-los vem em quando. 
O mais poderoso entre os clãs nortenhos são os Wull, pescadores que habitam ao longo das margens da Baía do Gelo.
Seu ódio pelos selvagens só é igualada ao seu ódio por todos os homens da Ilha de Ferro, que frequentemente pilhavam a costa da baía, queimando seus salões, roubando suas colheitas e pegando suas esposas e filhas como escravas.
Grandes extensões da Costa Pedregosa, da Ilha dos Ursos, da Ponta do Mar do Dragão e do Cabo da Lula Gigante foram controlados pelos homens de ferro de tempos em tempos.




                          Os Nascidos na Pedra de Skagos





Um guerreiro Skagos




         Apesar de séculos de disputa, os Clãs das Montanhas tradicionalmente permaneceram leais aos Stark na guerra e na paz.
O mesmo não pode ser dito dos habitantes selvagens de Skagos, a ilha montanhosa a leste da Baía das Focas. Skagos significa "pedra" no Idioma Antigo.
Um povo imenso, cabeludo e mal cheiroso (alguns acreditam que os skagosi têm uma forte mistura de sangue ibenês, enquanto outros acham que eles descendem dos gigantes), vestido de peles, e, segundo dizem, cavalga em unicórnios.
Oferecem sacrifício humano aos represeiros (figuras de deuses em árvores) e alimentam-se de carne humana durante o inverno.
Antigamente, os unicórnios dos Skagos eram motivo de zombaria entre os Meistres da Cidadela. Há quem diga que cavalgavam em grandes bestas desgrenhadas  e com chifres,  que escalavam montanhas.
Embora os Skagos fossem raramente vistos fora de sua ilha, os nascidos na pedra, antes,  eram acostumados a cruzar a Baía das Focas para comércio ou para saquear, até que o rei Brandon Stark, Nono de Seu Nome, acabou com o poderio deles de uma vez por todas, destruindo seus navios e proibindo a presença deles no mar.
Conforme registros, eles permaneceram um povo isolado, selvagem, mas quando concordavam em barganhar, os Skagosi ofereciam peles, lâminas e pontas de flechas de obsidiana e "chifres de unicórnio" pelos bens que desejavam.
Alguns skagosi serviram na Patrulha da Noite também. Em tempos recentes, durante  o reinado  do rei Daeron II Targaryen (Daeron, o Bom), a ilha se revoltou contra o senhor de Winterfell - uma rebelião que durou anos e reivindicou milhares de vidas, incluindo a de Barthogan Stark, Senhor de Winterfell, antes de, por fim, ser derrotada.




                                        Os Cranogmanos do Gargalo



Um cranogmano do pântano




           Os últimos e menores povos do Norte são os habitantes dos pântanos do Gargalo, conhecidos como Cranogmanos por causa das ilhas flutuantes nas quais erguem seus salões e casebres.                   É um povo pequeno e astuto, mas de nutrição inadequada, pois grãos nascem entre pântanos, charcos e restingas do Gargalo.
         Também se alimentam com uma dieta à base de peixes, sapos e lagartos.
          São reservados e preferem a autossuficiência.

sexta-feira, 20 de março de 2015

Norte - Os Reis do Inverno




                                                  Os Reis do Inverno






      Canções e histórias contam que os Stark de Winterfell governam grandes porções de terra ao norte do Gargalo há oito mil anos, denominando-se os Reis do Inverno e, recentemente, como os Reis do Norte.
Os Reis do Inverno foram duros em tempos duros. Nos arquivos de Cidadela de Vilavelha, há relatos que um Rei do Inverno expulsou os gigantes do Norte, e de um outro que derrotou o troca-peles Gawen Grywolf e seus parentes na selvagem "Guerra dos Lobos".
Provas mais históricas existem da guerra entre os Reis do Inverno e os Reis das Terras Acidentadas, mais ao sul ( denominavam-se Reis dos Primeiros Homens ), que   durou mais ou menos duzentos anos terminando quando o último Rei das Terras Acidentadas dobrou o joelho para o Rei do Inverno e lhe deu a mão de sua filha em casamento. 
E, de guerra em guerra, os Stark foram conquistando e subjugando a todos, e durante essas batalhas, muitas casas orgulhosas e linhagens antigas foram extintas para sempre.
Entre as casas que deixaram de ser reais para se tornarem vassalas estão  os Flint da Montanha de Pedra Partida, os Slate de Lagoa Negra, os Umber da Última Lareira, os Locke de Castelo Velho, os Glover de Bosque Profundo, os Fisher da Costa Pedregosa, os Ryder do Regato e talvez até os Blackwood de Corvabor.
Crônicas encontradas nos arquivos da Patrulha da Noite, falam da guerra pela Ponta do Mar do Dragão, na qual os Stark derrotaram o Rei Warg e seus aliados não humanos, os filhos da floresta, juntamente com seus animais e videntes verdes.
Os inimigos mais ferrenhos de Winterfell eram os Reis Vermelhos do Forte do Pavor  da Casa Bolton. Diz-se que a inimizade entre os Stark e os Bolton vem desde a época da Longa Noite
As guerras entre estas duas famílias são muitas e nem sempre os Stark foram vitoriosos. Mas o Forte do Pavor se dobrou ao poderio de Winterfell, e o último Rei Vermelho, conhecido como Rogar, o Caçador, jurou lealdade ao Rei do Inverno e enviou seus filhos como reféns para Winterfell na mesma época em que os ândalos cruzavam o mar estreito em seus dracares.
Depois da derrota de Bolton, as maiores ameaças ao domínio da Casa Stark vieram do mar. O limite norte era protegido pela Muralha e pelos homens da Patrulha da Noite.           
        Já pelo sul, o único caminho pelos pântanos do Gargalo passava por baixo das torres caídas e das muralhas afundadas do Fosso Cailin.





Fosso Cailin




          Mesmo quando os Reis do Pântano dominavam o Fosso, os "cranogmanos" se colocavam contra quaisquer invasores do sul.             E, uma vez que o rei Richard Stark adicionou Gargalo ao seu domínio, o Fosso Cailin provou ser mais impotente.
Mas as costas leste-oeste eram vulneráveis. Atravessando o mar estreito, os dracares dos ândalos desembarcaram no Norte, mas os vassalos dos Stark caíram sobre eles, mandando-os de volta ao mar. O rei Theon Stark, o Lobo Faminto, enfrentou a maior dessas ameaças, e juntamente com os Bolton, esmagaram o senhor de guerra ândalo, Argos Setestrelas, na Batalha das Águas Chorosas.
O rei Theon também lutou  contra os nascidos do ferro no oeste, expulsando-os do Cabo da Lula Gigante e Ilha dos Ursos; acabou com uma rebelião nos Regatos e se juntou à Patrulha da Noite em uma incursão além da Muralha que destruiu as forças dos selvagens por uma geração.
Antes da chegada dos ândalos, a Toca do Lobo fora erguida pelo rei Jon Stark para defender a foz da Faca Branca contra invasores e traficantes  de escravos do outro lado do mar estreito (Valíria e Volantis).
Mantida por séculos por uma sucessão de casas - Greystark (um braço dos Stark), Flint, Slate, Holt, Locke e Ashwood - a antiga fortaleza era motivo de uma série de conflitos.
A Toca dos Lobos já foi sitiada pelo rei dos ândalos, o Velho Falcão, Osgod Arryn. Depois, caiu sob ataques de piratas das Três Irmãs e dos traficantes de escravos dos Degraus. Foi só alguns milhares de anos antes da Conquista, quando os Manderley fugitivos chegaram e juraram fidelidade na Toca do Lobo, que o problema da defesa do Faca Branca - rio que dá acesso ao coração do Norte - foi resolvido.
E pelo oeste do Norte, Lobo Faminto foi obrigado a lutar contra os dracares de Grande Wyk, Velha Wyk, Pyke e Orkmont, que chegaram pela costa ocidental sob o estandarte de Harrag Hoare, Rei das Ilhas de Ferro e seu filho Ravos, o estuprador.
Embora Theon Stark tenha matado Ravos com as próprias mãos e expulsado os homens de ferro da costa, eles voltariam sob o comando do neto de Harrag, Erich, a Águia.
As guerras entre o Norte e os nascidos do ferro continuariam mas de forma menos decisiva.